Exemplares exemplares
DESCULPEM a pergunta: os carrinhos que em cima se vêem em paragem proibida (mesmo ao lado de um parque de estacionamento com 3 pisos e 636 lugares - às moscas, como sempre...) são de gente que manda alguma coisinha cá no burgo? Se sim, bem podem limpar as mãos às paredes - que não faltam, por ali, e bastante brancas.
7 Comments:
Uma das coisas mais irritantes em sociedade é a completa falta de noção da importância do exemplo por parte de pessoas que têm funções de responsabilidade e/ou autoridade.
E isso tanto é válido para um agente da polícia (que julga que, por o ser, está acima da lei) como para os utentes destes carrinhos.
Mas já se percebeu que é muito difícil explicar isso a essa gentinha.
Paciência. O único problema é termos de lhes pagar o ordenado.
Às vezes, a gente fica passada.
O que fariam essas personalidades a quem lhes escrevesse uma reprimenda, em letras garrafais, com um prego de solho na chapa dos popós?
Bolas, há responsáveis políticos que deviam ser... "inconstitucionais".
Pelo menos "inconscienciais" são.
Em Portugal, desde que se tenha um mínimo de poder (seja o anónimo vogal de uma qualquer Junta de Freguesia ou o polícia de giro), tende-se a exibir e exercer obscenamente esse poder. E se V., sabendo de quem são os carrinhos, lhe enviasse as fotos?
Tirei mais fotos, e em algumas vêem-se as matrículas.
Mas isso não é o que interessa mais. O importante é a situação em si mesma, que é habitual, ali, às terças-feiras.
Julgo que aqueles outros cavalheiros, que ali vemos com um ar importante, são os motoristas.
Durante o resto da semana (como hoje, p.ex.), quem ali costuma estacionar são viaturas da Polícia Municipal!
Aquela gente toda (desde o agente policial até ao autarca) nem sequer percebe quanto é ridículo pôr-se em bicos de pés dessa forma. E, isso sim, é que é dramático, pois é tudo gente que, muito ou pouco, manda em nós - além de nos sair do bolso.
Se houver uma destas sessões aberta ao público,
sugiro aparecermos lá um dia destes.
Caro Bmonteiro (e não só),
Posso pedir-lhe(s) um favor?
Como moro em Braga, um "bocadito" distante, agradecia-lhe(s) que, a realizar-se essa ida a uma sessão aberta ao público, os insultasse(m) com os mais soezes impropérios.
E, no caso de alguém lhe(s) pedir satisfações, dizia(m)-lhes que estava(m) a realizar um acto de solidariedade com alguém ausente, que encarecidamente o solicitou.
E, como quem faz um favor faz dois, peço-lhe(s) também que não se aborreça(m) com pedido tão bizarro.
Em paga, deixo-lhe(s) um abraço.
As sessões são abertas ao público. Assisti a duas, em tempos, e fiquei vacinado.
No início há (ou havia, nessa altura) 45 minutos (em parcelas de 5) para os cidadãos exporem os seus problemas. Pois ninguém ligava nada. Os deputados municipais e os vereadores portavam-se pior do que putos da escola, em pé, a conversar, etc.
Cá fora, no átrio, vereadores passeavam, davam entrevistas, iam ao bar.
Interpelei pessoalmente um vereador em quem eu votara (e que ainda lá está, mas já não com o meu voto...), levei-o até à porta, e mostrei-lhe uma cena semelhante à da foto de cima. Deixou-me a falar sozinho.
A ideia, em Lisboa, é que não há nada a fazer. Nada.
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