«Dito & Feito»
Por José António Lima
EMPOBRECIMENTO, empobrecimento e mais empobrecimento. É este o cenário que espera a esmagadora maioria dos portugueses nos próximos anos.
É esta a má notícia já confirmada nas duríssimas medidas de austeridade do Orçamento para 2012. E é esta, sobretudo, a receita que os nossos financiadores internacionais, a senhora Merkel, o senhor Olli Rehn e milhões de contribuintes do centro e norte da Europa exigem que se aplique a um país incumpridor e que se habituou a viver bem acima das suas possibilidades e à custa do dinheiro que vai pedindo emprestado.
Endividamento é, assim, outra palavra-chave desta equação portuguesa. Uma colossal dívida pública do Estado, que há muito pratica um irresponsável despesismo sem regras nem limites. Um endividamento a cada dia mais incomportável para centenas de milhares de famílias, que já mal conseguem pagar as prestações do crédito à habitação (sem esquecer os créditos fáceis para automóveis, viagens, novidades tecnológicas, etc.). E uma dívida igualmente incontrolável dos bancos e de milhares de empresas nacionais. É este o estado da sociedade portuguesa no final de 2011. Já era assim há 10 ou 15 anos. Entretanto, apenas se agravou.
Encarecimento é, em consequência, outra palavra-chave nos tempos que aí vêm. Preços mais caros dos transportes, da alimentação, da saúde – acentuando o empobrecimento generalizado. Encarecimento, até, de produtos fornecidos por empresas que continuam a ter lucros de muitos milhões, como são os casos do gás, da electricidade ou das telecomunicações.
Nesta situação de penúria a que nos conduziu a irresponsabilidade despesista, a espiral da dívida e a governação do PS nos últimos anos, não deixa de ser extraordinário ouvir alguns socialistas que parecem continuar a viver noutro planeta. «Fiquei muito chocado com a total falta de sensibilidade e a iniquidade» do OE, diz agora João Cravinho, que foi o ideólogo das ruinosas parcerias público-privadas e de empurrar com a barriga os colossais custos da dívida para as gerações futuras.
Endividamento, encarecimento e empobrecimento. São as palavras que definem o nosso futuro próximo. Só cá falta outro socialista, António Vitorino, a aconselhar com cinismo: habituem-se!
«SOL» de 21 Out 11
EMPOBRECIMENTO, empobrecimento e mais empobrecimento. É este o cenário que espera a esmagadora maioria dos portugueses nos próximos anos.
É esta a má notícia já confirmada nas duríssimas medidas de austeridade do Orçamento para 2012. E é esta, sobretudo, a receita que os nossos financiadores internacionais, a senhora Merkel, o senhor Olli Rehn e milhões de contribuintes do centro e norte da Europa exigem que se aplique a um país incumpridor e que se habituou a viver bem acima das suas possibilidades e à custa do dinheiro que vai pedindo emprestado.
Endividamento é, assim, outra palavra-chave desta equação portuguesa. Uma colossal dívida pública do Estado, que há muito pratica um irresponsável despesismo sem regras nem limites. Um endividamento a cada dia mais incomportável para centenas de milhares de famílias, que já mal conseguem pagar as prestações do crédito à habitação (sem esquecer os créditos fáceis para automóveis, viagens, novidades tecnológicas, etc.). E uma dívida igualmente incontrolável dos bancos e de milhares de empresas nacionais. É este o estado da sociedade portuguesa no final de 2011. Já era assim há 10 ou 15 anos. Entretanto, apenas se agravou.
Encarecimento é, em consequência, outra palavra-chave nos tempos que aí vêm. Preços mais caros dos transportes, da alimentação, da saúde – acentuando o empobrecimento generalizado. Encarecimento, até, de produtos fornecidos por empresas que continuam a ter lucros de muitos milhões, como são os casos do gás, da electricidade ou das telecomunicações.
Nesta situação de penúria a que nos conduziu a irresponsabilidade despesista, a espiral da dívida e a governação do PS nos últimos anos, não deixa de ser extraordinário ouvir alguns socialistas que parecem continuar a viver noutro planeta. «Fiquei muito chocado com a total falta de sensibilidade e a iniquidade» do OE, diz agora João Cravinho, que foi o ideólogo das ruinosas parcerias público-privadas e de empurrar com a barriga os colossais custos da dívida para as gerações futuras.
Endividamento, encarecimento e empobrecimento. São as palavras que definem o nosso futuro próximo. Só cá falta outro socialista, António Vitorino, a aconselhar com cinismo: habituem-se!
«SOL» de 21 Out 11
Etiquetas: autor convidado, JAL
1 Comments:
Próximos anos? nem no século XXII sairão da cepa torta.
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