12.11.11

AS DUAS fotos de cima foram tiradas no dia 26 de Junho, na Av. da República, em Lisboa. Estavam uns 40º de temperatura, e fez-me impressão ver este operário ali a trabalhar, sabendo-se o 'respeito' que muitos dedicam ao esforço de pessoas como ele. Estavam em causa, na altura, as tampas das caixas de visita, estupidamente recolocadas de qualquer maneira (imagem do meio).
Pois bem; a foto de baixo mostra o mesmo local, como se podia ver esta tarde - 4 meses e meio depois.

13 Comments:

Blogger Nuno Trato said...

Recaída grave.
Outra vez as calçadas e os estacionamentos em transgressão.
Toma os comprimidos...

12 de novembro de 2011 às 21:02  
Blogger 500 said...

Não há pachorra. Ninguém tem olhos na cara? Não há um mínimo de auto-estima?

12 de novembro de 2011 às 21:29  
Blogger José Batista said...

Caro CMR,

Da minha parte agradeço-lhe a insistência e louvo-lhe a paciência com que desenvolve esta luta cívica.

E atrevo-me a pedir-lhe: não desista.

Muito obrigado.

Grande abraço.

12 de novembro de 2011 às 21:58  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Caríssimos,

Um dia destes vou dedicar um 'post' apenas àquele(s) leitore(s) que se irritam com a minha irritação. Vou transcrever alguns comentários mais significativos, e colocá-los à discussão.

Entretanto, comento apenas o seguinte:

1 - Só se preocupa com as mazelas da sua cidade aquele que a ama.

2 - Lisboa está como está (lixo, cacas de cão, estacionamento selvagem, passeios esventrados, passadeiras apagadas, polícias "invisíveis" ou inactuantes, etc) devido a 4 grupos de pessoas:

As que fazem esses "malfeitorias".

as que são pagas pelos contribuintes para as combater - mas não o fazem eficazmente (EMEL, PSP, Polícia Municipal, etc);

as que não se preocupam com essas coisas (são a maioria; população flutuante, que entra e sai da cidade todos os dias, e a quem estes assuntos não interessam nada);

as que se irritam com os que se irritam.

13 de novembro de 2011 às 10:24  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

(Cont.)

A cena aqui documentada
teve um desenvolvimento curioso (no próprio local e por mail).
Mas fica para depois...

13 de novembro de 2011 às 10:34  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Eu bem sei que "é igual ao litro" mas, já agora, aqui fica uma curiosidade em que ninguém, por estes lados, reparou:

Ao contrário do que o texto pode fazer crer, as tampas, na 3ª imagem, só aparentemente é que estão como estavam em Junho.
Uma observação atenta mostra que foram rodadas, em conjunto, 180º (e, por isso, continuam mal...).

13 de novembro de 2011 às 19:18  
Blogger José Batista said...

Dá-me ideia que ou aquelas tampas não são dali ou o calceteiro não fez o trabalho devidamente...

13 de novembro de 2011 às 23:04  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

J. Batista,

Pois...

Por mais voltas que eu dê à cabeça, não estou a ver como é que outras rotações (que, não sendo de 180º. teriam de ser de 90º) e/ou permutações poderiam acertar as tampas.

Na altura (em Junho), um 2.º operário (que não se vê na foto), ao ver-me tirar a foto do meio, veio ter comigo e comentou que, de facto, havia ali alguma coisa mal.

Dizia ele que uns gajos tinham andado de volta da tampa e a tinham trocado e posto mal.

Mas, possivelmente, foi mais do que isso:
Ou alguém tirou o molde e o inverteu, ou o resto da calçada é que está toda errada, ou (o que é mais certo) as tampas não são dali.

Enfim... Trata-se de uma pequena curiosidade de Lisboa, cidade onde quem se preocupa com estas minudências se arrisca ser tratado como maluco.

14 de novembro de 2011 às 07:52  
Blogger Manuel Tiago said...

Infelizmente não é "arrisca-se a ser tratado como maluco".
É, NÃO se arrisca a ser tratado como maluco.
Daí o problema!!!

14 de novembro de 2011 às 11:30  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Gostava de saber de que terra são (ou onde vivem) as pessoas que se "irritam com a minha irritação", e se sabem o que é "estimar a sua terra".

No caso de Lisboa, de duas, uma:
Ou a conhecem (calcorreando as suas ruas, como eu faço todos os dias), e são completamente insensíveis à sua degradação - e então está tudo dito;
ou não a conhecem - e estão perdoados, pois não sabem do que falam.

(Claro que há ainda a possibilidade de acharem que assim é que está bem)
________

No entanto, e pensando melhor, há uma coisa em que têm razão:
Só um maluco é que ainda pode amar Lisboa, no estado a que ela chegou.
Só um doido é que tenta melhorar a cidade, quando sabe que ela está entregue aos dois bandos de cavalgaduras atrás referidas: o das bestas que a destroem e o dos incompetentes que deixam que isso suceda.

___

Finalmente uma nota curiosa:

Juntamente com a 3ª foto, foram tiradas mais 8 (e na mesma avenida), de tampas da PT.
A empresa (que mas pediu) está hoje mesmo a corrigi-las. Se calhar faz mal, pois só um maluco é que manda corrigir as situações que se podem ver [AQUI].

14 de novembro de 2011 às 12:56  
Blogger Fátima Empadinha said...

A vida de um reformado (suponho) orbitará apenas à volta das calçadas, tampas da PT e estacionamentos em transgressão?

14 de novembro de 2011 às 15:46  
Blogger José Batista said...

Caro CMR

Todas as situações erradas merecem que alguém repare nelas.

Entre nós é costume atirar pedras a quem se ocupa com o que devia estar bem e/ou ser bom (para todos).
E, por vezes, são aqueles que têm responsabilidades ou outros a seu mando, em sua defesa ou por "simpatia", que, mais ou menos encobertos, se encarregam de (tentar) perturbar ou anular as vozes incómodas.

Sinal de que (se) está a (conseguir) tocar em certas sensibilidades.

Ainda bem.
Embora com mágoa sua.

14 de novembro de 2011 às 19:20  
Blogger Fátima Empadinha said...

Zé Batista
Tinha que vir a tenebrosa teoria da conspiração, a propósito de umas tretas sobre calçadas, tampas da PT e estacionamentos em transgressão.
Uma imaginação tão fértil só pode resultar de falta de senso.

14 de novembro de 2011 às 20:45  

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