4.11.11

Sopas da panela

Por A. M. Galopim de Carvalho

FOI HÁ MUITOS anos. Éramos crianças. Eu e o meu irmão Mário passávamos muito do nosso tempo na casa da mãe da nossa mãe, na mesma rua onde morávamos, quatro ou cinco portas mais acima. Era uma pequena corrida na Rua de Frei Braz, em Évora, uma rua onde só morava gente, sem comércio, nem oficinas, nem carros, nesse tempo quase só carroças puxadas a muares.

A casa da avó era uma casa antiga com uma grande chaminé e lume de chão nos meses de Inverno, onde nos aquecíamos e ela cozinhava. Bem encostado à “boneca” (uma figura antropomórfica pintada a roxo-rei na parede branca do fundo da chaminé, onde a fuligem do fogo era menos visível do que no branco da cal), a avó colocava um tronco bem grosso de azinho, a que ela chamava “lenho”, ao qual arrumava, com preceito, galhos e cavacas da mesma madeira. (...)

Texto integral [aqui]
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NOTA (CMR): a foto foi escolhida do álbum que se pode ver [aqui].

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