Fiasco
Por João Paulo Guerra
WILLARD Mitt Romney, milionário norte-americano e pregador da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, perfila-se cada vez mais como candidato republicano à presidência dos EUA e já avisou que, ganhando a eleição, “os Estados Unidos da América não vão dar um dólar para salvar a Europa”.
Romney terá uma visão peculiar da salvação da Europa, continente que conheceu na qualidade de missionário Mormon. Mas certamente que aos europeus já lhes bastaria que o candidato se comprometesse a não dar nem mais um dólar para destruir o euro e a Europa.
Ao mesmo tempo, um outro cidadão norte-americano, Paul Krugman, Prémio Nobel em 2008 e professor em Princeton, um sábio da economia e não um malabarista da finança ou propagandista dos últimos dias, acaba de diagnosticar "amnésia intencional" aos decisores políticos e analistas que defendem e conduzem uma política de "austeridade ruinosa" por "razões políticas". Na coluna do The New York Times de domingo passado, intitulada "O fiasco da austeridade", Krugman defende, como Paul Samuelson, fundador da economia moderna, defendeu há meio século, que austeridade em cima de depressão é "muito má ideia". O custo da "amnésia" dos manipuladores políticos está a ser pago por milhões de trabalhadores, de acordo com uma política "completamente desnecessária".
Bem pode um Nobel da Economia citar outro Nobel da Economia para sustentar a tese do "fiasco da austeridade". Vive-se uma época de superficialidade mediática na qual os indicadores são substituídos por manipulações de agências de rating e os argumentos dão lugar a slogans. O que se passa em parte da Europa, num cenário de crescente sofrimento, tem mais a ver com o cenário do inferno, com que acenam missionários do deus dinheiro, que com o rigor das leis da economia.
«DE» de 2 Fev 12WILLARD Mitt Romney, milionário norte-americano e pregador da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, perfila-se cada vez mais como candidato republicano à presidência dos EUA e já avisou que, ganhando a eleição, “os Estados Unidos da América não vão dar um dólar para salvar a Europa”.
Romney terá uma visão peculiar da salvação da Europa, continente que conheceu na qualidade de missionário Mormon. Mas certamente que aos europeus já lhes bastaria que o candidato se comprometesse a não dar nem mais um dólar para destruir o euro e a Europa.
Ao mesmo tempo, um outro cidadão norte-americano, Paul Krugman, Prémio Nobel em 2008 e professor em Princeton, um sábio da economia e não um malabarista da finança ou propagandista dos últimos dias, acaba de diagnosticar "amnésia intencional" aos decisores políticos e analistas que defendem e conduzem uma política de "austeridade ruinosa" por "razões políticas". Na coluna do The New York Times de domingo passado, intitulada "O fiasco da austeridade", Krugman defende, como Paul Samuelson, fundador da economia moderna, defendeu há meio século, que austeridade em cima de depressão é "muito má ideia". O custo da "amnésia" dos manipuladores políticos está a ser pago por milhões de trabalhadores, de acordo com uma política "completamente desnecessária".
Bem pode um Nobel da Economia citar outro Nobel da Economia para sustentar a tese do "fiasco da austeridade". Vive-se uma época de superficialidade mediática na qual os indicadores são substituídos por manipulações de agências de rating e os argumentos dão lugar a slogans. O que se passa em parte da Europa, num cenário de crescente sofrimento, tem mais a ver com o cenário do inferno, com que acenam missionários do deus dinheiro, que com o rigor das leis da economia.
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