Uma notícia, várias perguntas
LÊ-SE, no «Expresso-online» de hoje, o seguinte:
Ao fim de quatro meses de impasse, o CDS cedeu ao PSD e aceitou que o novo crime de enriquecimento ilícito seja aplicável a todos os cidadãos, e não apenas aos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos. O anúncio foi feito hoje ao fim da manhã, pelos líderes parlamentares dos dois partidos.
A cedência teve uma contrapartida para o CDS, tal como o Expresso já havia anunciado na sua edição em papel: o PSD aceita os julgamentos rápidos para crimes cometidos com flagrante delito, uma exigência dos centristas há muitos anos, mas que os sociais-democratas nunca apoiaram.
A cedência teve uma contrapartida para o CDS, tal como o Expresso já havia anunciado na sua edição em papel: o PSD aceita os julgamentos rápidos para crimes cometidos com flagrante delito, uma exigência dos centristas há muitos anos, mas que os sociais-democratas nunca apoiaram.
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Pergunta-se:
Porque é que o CDS não queria que se criminalizasse, para todos os cidadãos, um acto que, por definição, é ilícito - especialmente numa altura de crise económica e financeira como aquela que atravessamos?!
E porque é que, por seu lado, o PSD se opunha tanto a que fossem julgados o mais rapidamente possível os autores de crimes, quando apanhados em flagrante delito - e estou a pensar, nomeadamente, nos assaltos violentos, que todos os dias são notícia?!
Que telhados de vidro terá toda esta gente?
Porque é que o CDS não queria que se criminalizasse, para todos os cidadãos, um acto que, por definição, é ilícito - especialmente numa altura de crise económica e financeira como aquela que atravessamos?!
E porque é que, por seu lado, o PSD se opunha tanto a que fossem julgados o mais rapidamente possível os autores de crimes, quando apanhados em flagrante delito - e estou a pensar, nomeadamente, nos assaltos violentos, que todos os dias são notícia?!
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Já agora, podemos questionar quais as verdadeiras razões (para além do curioso argumento de que se tratava de inversão do ónus da prova) pelas quais o PS sempre se opôs ao que se refere na primeira parte da notícia - mesmo quando se discutia, apenas, o enriquecimento ilícito de titulares de cargos públicos.Que telhados de vidro terá toda esta gente?
2 Comments:
No Cds crê-se que a sua clientela tem mais probabilidade de enriquecer fora da política que nela (presidentes da câmara não tem, fora de Ponte de Lima!).
Já no Psd acredita-se que a sua especialidade idiossincrática é a exploração dos expedientes processuais (veja-se os casos em curso!), o que não casa bem com julgamentos rápidos!
Em quem vai recair a desconfiança de enriquecimento ilícito?
Quem faz a seleção para as parangonas dos jornais?
Cheira-me a esturro!
E já agora porque carga de água só em tempos de crise é que não se deve enriquecer ilicitamente?
Passa a crise e voltamos às orgias...
Somos uma merda de gente
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