Oliveira e Costa quem é?
Por Ferreira Fernandes
NADA
a fazer, as calculadoras portuguesas não dão contas exatas, fornecem
vagas ideias. Neste povo de raros matemáticos e tantos advogados de
sanzala, no princípio era o Verbo, que continua a sê-lo no meio e vai
assim até ao fim. Verbo, para os verbos de encher que somos. Somos uma
conversa mole de bêbados. "Que horas são?", pergunta um. "Oh, pá, ainda é
cedo", diz o outro, apesar de ter no relógio de pulso a hora certa.
"BPN?", perguntam todos. E todos, atropelando-se: ah, ele e tal, o
Franquelim Alves, mas a culpa é do Governo, que erro de escolha!, e o
Zorrinho escusava de meter os pés pelas mãos, já para não falar no
Constâncio, que não supervisionou, pois, pois, mas foi o Álvaro que
meteu a galga no Parlamento... Chicana, pois. E, no entanto, desta vez,
como no pulso do bêbado, há respostas exatas. Para a pergunta "BPN?" há
responsáveis exatos e contas, apesar de astronómicas, exatas. Por uma
vez que assim é, deveríamos estar exatamente ocupados em não permitir
que os exatos gatunos do BPN se dissolvam na maré de vagas
cumplicidades. Aproveitemos, desta vez, há o gatuno Fulano, que roubou
X, o gatuno Sicrano, que roubou Y... Há processo e arguidos. Há gatunos e
roubos. Há osso, não precisamos de conversa mole.
Extraordinário país
que tem Oliveira Costa, caso de polícia, ainda para resolver e perde
tempo a tentar saber em que incerto caso mete Franquelim Alves.
«DN» de 9 Jan 13 Etiquetas: autor convidado, F.F
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