O corte das reformas explicado aos tansos
Por Ferreira Fernandes
OS CORTES são, portanto, para todos os reformados do Estado. Todos? Isso, todos. Mas mesmo todos, todinhos? Todinhos, com exceção de juízes, magistrados do Ministério Público, militares e diplomatas, claro. Claro porquê? Claro porque as reformas desses estão indexadas ao salário dos trabalhadores no ativo. E isso quer dizer o quê? O que está lá escrito, preto no branco: as reformas desses estão indexadas ao salário dos trabalhadores no ativo. As palavras já ouvi, mas que querem dizer? Eu traduzo: Muzyk yn de brede sin fan it wurd. OK, OK, mas porquê beneficiar exatamente militares? Porque são das Forças Armadas. E...?! Parecem-me duas boas razões. Que duas? O forças e o armadas.
E os juízes e os magistrados, também são forças armadas? Não, esses é por estarem vivos. Mas todos os funcionários que recebem reforma estão vivos, ou não? Sim, respiram, estrebucham, mas não há razões para os privilegiarmos por isso. E então os juízes e os magistrados que vida especial têm? Uma vida que faz prova de vida, a prova de vida deles. Prova de vida deles?! É, há sempre um Tribunal Constitucional que declara isto inconstitucional aqui, um Ministério Público que abre inquérito acolá, eles estão vivos e estão sempre a dizê-lo. Então? Então, nós reconhecemo-los. Reconhecem como? Com pensões especiais para que não estejam tão vivos.
Última pergunta, e os diplomatas? Esses é mais por uma questão estética, ficam sempre bem num grupo.
«DN» de 8 Ago 13 Etiquetas: autor convidado, F.F
1 Comments:
Eu permito-me acrescentar uma razão. Posso?
Só não compreende quem não quer. Se até S. Tomé acreditou quando viu... Ora toda a gente tem visto e continuará a ver. É pacífico que Portugal é UM ESTADO DE DIREITO, verdade? e toda a gente sabe que não há regra sem excepção.
Havendo essa possibilidade jurídica porque não utilizá-la? Alguém deve beneficiar disso: esses!
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