Problema dela e problema nosso
A actual Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção
Esteves, é bem o retrato do grau de indigência da maior parte da nossa
actual geração de políticos. É bem sabido que se trata de uma "reformada
de luxo", que recebe uma reforma relativa a um lugar no Tribunal
Constitucional, em vez de receber o salário do lugar que ocupa,
correspondente ao de segunda figura do Estado. Não tem capacidade nem
de pensamento nem de discurso, tendo chegado ao ponto de inventar
palavras talvez por desconhecer as existentes. Não tem a mínima
sensibilidade política para se aperceber que devia representar todos os
portugueses. Não tem qualquer sensibilidade social, que seria o mínimo
exigível nestes tempos penosos. Ao dizer, como agora disse de forma
sumária e intempestiva, que o problema da não comparência dos "capitães
de Abril" na cerimónia oficial de comemoração dos 40 anos do 25 de Abril
era um "problema deles", não podemos deixar de concluir que não está,
de facto, à altura do lugar que ocupa. Mesmo que não concordasse com as
pretensões dos autores materiais do 25 de Abril, há formas mais
elegantes de se expressar do que essa, mais própria de uma conversa de
rua. Desprestigiou a Assembleia da República quando o seu papel era o de
prestigiar. É, decerto, um problema dela, mas é, sobretudo, um problema
nosso, enquanto a tivermos em S. Bento.
Etiquetas: autor convidado, CF
2 Comments:
Assunção Esteves não está mesmo à altura do lugar que ocupa, e pelo qual não precisa de receber. Nem nunca esteve. E não é provável que alguma vez venha a estar.
Eu fui dos que vi com bons olhos a sua eleição. Arrependo-me. E receio que tenhamos (cada vez) mais problemas com a senhora. Será que ela conseguiria perceber que o seu desempenho é um... "inconseguimento". E alguém haverá que a ajude a perceber?
Se fôssemos muitos a emitir esta opinião... Digo eu.
Como escrevi mal no comentário anterior:
Eu fui dos que viram..., devia ter escrito.
A seguir a "inconseguimento" devia estar uma interrogação.
Muitos erros em poucas linhas. Culpa minha.
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