A CASA DA MINHA AVÓ
A. M. Galopim de Carvalho
A AVÓ ISABEL
foi o meu primeiro contacto com uma pessoa, nesse tempo, considerada idosa,
teria ela sessenta e poucos anos. A sua imagem está entre as minhas primeiras
tomadas de consciência do mundo que me rodeava, tinha eu dois para três anos.
Sempre de preto, dos sapatos ao lenço, como mandavam os usos que se vestissem
as viúvas, a mãe da minha mãe foi a única, de entre os meus avós, com quem me
foi dado conviver. O marido, o avô Vicente, que já não conheci, era oriundo da
região de Alcanede, de uma família de curtidores de peles e, também ele,
curtidor de profissão. Mãe de sete filhos, a todos criou, dentro dos
condicionalismos do tempo e das suas limitadas posses.(...)
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