Natal
Por C. Barroco Esperança
Em meados do século XX o Natal era oportunidade para reunir as famílias.
Os ausentes voltavam todos os anos à aldeia de origem, nas carruagens
de 3.ª classe de comboios apinhados de pessoas e cabazes, com odores a
que se resignavam as pituitárias de então.
Através do vidro partido, ou da janela avariada, o ar gélido entrava nas carruagens e nos corpos. Os passageiros partilhavam a vida e as merendas nas penosas e longas viagens de pára-arranca. Os Senhores Passageiros precisavam de embarcar, ou de desembarcar, e a máquina a vapor, de abastecer de carvão a fornalha e de água a caldeira. (...)
Texto integral [aqui]Através do vidro partido, ou da janela avariada, o ar gélido entrava nas carruagens e nos corpos. Os passageiros partilhavam a vida e as merendas nas penosas e longas viagens de pára-arranca. Os Senhores Passageiros precisavam de embarcar, ou de desembarcar, e a máquina a vapor, de abastecer de carvão a fornalha e de água a caldeira. (...)
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