Como me sinto bem na pele de social-democrata…
Por C. Barroco Esperança
Quando vejo a comunicação social apodar de socialistas cidadãos de
direita que um dia usaram o PS na sua promoção, como António Barreto,
Henrique Neto, Medina Carreira ou Luís Amado, por exemplo, entendo que
haja quem me julgue esquerdista.
Quando vejo o PS a encarar como seus Álvaro Beleza [socialista liberal, uma espécie de vegetariano que almoça leitão à Bairrada e janta chanfana] ou os dois últimos líderes da UGT, João Proença e Carlos Silva, que ninguém me dissuade de que foram infiltrações do PCP para destruírem a central sindical, não me admira que me considerem leninista.
Quando temos um partido, denominado social-democrata, confiscado por um bando de neoliberais, geralmente inaptos, mas obstinados e eficientes a destruírem o que resta do Estado social, era natural que eu próprio duvidasse das minhas convicções.
Quando um partido assume ser do Centro Democrático [e Social!], situando-se na franja mais à direita do eleitorado, tão à direita que, por salubridade, chegou a ser expulso da Internacional Conservadora e Demo-Cristã, onde regressou por nebulosa conveniência e recomendação do PSD, não admira que a incultura política permita a quem é reacionário declarar-se ‘nem de esquerda nem de direita’, sendo seguramente de direita.
Depois admiramo-nos de que o PR, pensando na Constituição que jurou, tartamudeie o aforismo popular «quem mais jura mais mente» e um PM saído das madraça juvenil do mesmo partido, cada vez pior frequentado, seja o paquete dos neoliberais.
O social-democrata que renuncia ao aprofundamento político, económico e social da democracia, deixa de o ser. O que me afasta de alguns que reclamam outros rótulos, de quem me aproximo nas aspirações sociais, é o centralismo-democrático, que repudio.
No jogo de falsos rótulos, há duas posições abomináveis: os que, à direita, se julgam no direito a decidirem quais são os partidos do ‘arco da governação’ e, à esquerda, os que, na sua sobrançaria, se arrogam o direito de atestar a democraticidade de outros partidos.
Dada a iliteracia política, é urgente lembrar a raiz marxista da social-democracia.
Ponte Europa / SorumbáticoQuando vejo o PS a encarar como seus Álvaro Beleza [socialista liberal, uma espécie de vegetariano que almoça leitão à Bairrada e janta chanfana] ou os dois últimos líderes da UGT, João Proença e Carlos Silva, que ninguém me dissuade de que foram infiltrações do PCP para destruírem a central sindical, não me admira que me considerem leninista.
Quando temos um partido, denominado social-democrata, confiscado por um bando de neoliberais, geralmente inaptos, mas obstinados e eficientes a destruírem o que resta do Estado social, era natural que eu próprio duvidasse das minhas convicções.
Quando um partido assume ser do Centro Democrático [e Social!], situando-se na franja mais à direita do eleitorado, tão à direita que, por salubridade, chegou a ser expulso da Internacional Conservadora e Demo-Cristã, onde regressou por nebulosa conveniência e recomendação do PSD, não admira que a incultura política permita a quem é reacionário declarar-se ‘nem de esquerda nem de direita’, sendo seguramente de direita.
Depois admiramo-nos de que o PR, pensando na Constituição que jurou, tartamudeie o aforismo popular «quem mais jura mais mente» e um PM saído das madraça juvenil do mesmo partido, cada vez pior frequentado, seja o paquete dos neoliberais.
O social-democrata que renuncia ao aprofundamento político, económico e social da democracia, deixa de o ser. O que me afasta de alguns que reclamam outros rótulos, de quem me aproximo nas aspirações sociais, é o centralismo-democrático, que repudio.
No jogo de falsos rótulos, há duas posições abomináveis: os que, à direita, se julgam no direito a decidirem quais são os partidos do ‘arco da governação’ e, à esquerda, os que, na sua sobrançaria, se arrogam o direito de atestar a democraticidade de outros partidos.
Dada a iliteracia política, é urgente lembrar a raiz marxista da social-democracia.
Etiquetas: CBE
4 Comments:
V.Exª tem agora a oportunidade de sacudir estes malandros todos. Concorra a presidente, vá a votos. Com tão grandes pergaminhos, são favas contadas.
Este comentário foi removido pelo autor.
Aos políticos só interessa o poleiro e o tacho. Esses são os verdadeiros princípios aos quais todos eles são fieis.
Para tanto, tudo vale.
Agora um diz paga, outro diz não paga, mas no fim todos pagamos de uma forma ou de outra. Tudo retórica, basta ver a Grécia.
Enviar um comentário
<< Home