29.12.16

O antissemitismo e o sionismo


Por C. Barroco Esperança 
 O sionismo político, nascido em 1897, e a Declaração de Balfour de 2 de novembro de 1917, que referia a intenção do governo britânico de facilitar o estabelecimento do “Lar Nacional Judeu” na Palestina, concretizaram-se em novembro de 1947, com a ONU a recomendar a divisão da Palestina com o Estado judeu, ficando sob a sua administração direta a cidade de Jerusalém, eterna referência dos 3 monoteísmos.
 O plano foi aceite pelos líderes sionistas e rejeitado pelos árabes, e não mais houve paz na região. Israel declarou a independência em 14 de maio de 1948, quando as memórias do antissemitismo e da crueldade nazi, que exterminara 6 milhões de judeus, eram ainda demasiado vivas.
 Cabe aqui referir que a perversidade nazi foi um fenómeno puramente secular, mas não lhe foi alheio o antissemitismo do Novo Testamento, que uniu os cristãos (protestantes e católicos) no ódio aos judeus e na colaboração com nazismo, fornecendo-lhe os bispos a relação dos batismos para mais facilmente identificar os judeus.
A história está escrita, mas o que assusta é o livro em branco do futuro. Israel, que deve a sua fundação à ONU, desrespeita hoje as suas resoluções. As vítimas de ontem são os carrascos de hoje, na Palestina. Israel persiste na ilegal e provocatória intenção de criar novos colonatos no território palestiniano. Reivindica os direitos do Antigo Testamento, onde a hipotética Conservatória do Registo Predial Divino lhe confere a propriedade da Palestina.
 O ‘tweet’, ontem referido no El País, onde o PR eleito dos EUA, Donald Trump escreveu «Continua forte Israel, o 20 de janeiro aproxima-se rapidamente» (tradução minha), contraria a posição política do ainda presidente Obama e torna-se aterradora para o mundo a transferência do poder, de um político para um empreiteiro. Donald J. Trump ✔ @realDonaldTrump
Doing my best to disregard the many inflammatory President O statements and roadblocks.Thought it was going to be a smooth transition - NOT! (Tweet citado).
Ponte Europa / Sorumbático

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9 Comments:

Blogger opjj said...

Como se atreve a balbucionar impropérios contra TRUMP.Se V.Exª tem mais inteligência prove-nos. Construa um império. Dê milhares de empregos bem pagos que nós bem precisamos.Quem é que o impede?
Vivo modestamente, não invejo os ricos.Que bom seria se duplicassem os ricos!
TRUMP não deve ser tão burro!

29 de dezembro de 2016 às 17:56  
Blogger Ilha da lua said...

Pergunto-me muitas vezes qual teria sido a melhor solução para criar um Estado Judeu ...Não podemos esquecer que os judeus foram perseguidos ao longo da história Se pensarmos bem pelos países por onde andaram e Ainda andam nunca se fizeram explodir nem praticaram actos terroristas

29 de dezembro de 2016 às 20:13  
Blogger SLGS said...

Ilha da lua, não quero contrariar a sua tese, mas não esqueça que a independência de Israel se impôs através de actos terroristas cometidos pelos Judeus contra Palestinianos e até Ingleses, para apressar esse reconhecimento.

30 de dezembro de 2016 às 16:29  
Blogger Carlos Esperança said...

Ilha da Lua:

1 - Permita-me que corrobore o comentário de SLGS e deixe aqui referência a atos de terrorismo judeus contra autocarros de crianças palestinianas e a responsabilidade no célebre «O Massacre de Sabra e Chatila foi o genocídio de refugiados civis palestinos e libaneses perpetrado entre 16 e 18 de setembro de 1982, pela milícia maronita liderada por Elie Hobeika, como retaliação pelo assassinato do presidente eleito do país e líder falangista, Bachir Gemayel. O evento ocorreu nos campos palestinos de Sabra, situados na periferia sul de Beirute, área que se encontrava então sob ocupação das forças armadas de Israel.
A pedido dos falangistas libaneses, as forças israelenses cercaram Sabra e Shatila, bloquearam as saídas dos campos para impedir a saída dos moradores."A carnificina começou imediatamente. (Tirado da Wikipédia);

2 - Isto não invalida a demência assassina em que o Islão político se converteu;

3 - Os dois Estados (Palestina e Israel) internacionalmente reconhecidos estão a ser impossibilitados pelo sionismo.

30 de dezembro de 2016 às 16:52  
Blogger Táxi Pluvioso said...

Um bom ano.

31 de dezembro de 2016 às 04:45  
Blogger Carlos Esperança said...

Obrigado, Táxi Pluvioso.

31 de dezembro de 2016 às 09:55  
Blogger Carlos Esperança said...

Este comentário foi removido pelo autor.

31 de dezembro de 2016 às 09:55  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Obrigado, Táxi Pluvioso!

31 de dezembro de 2016 às 09:56  
Blogger Ilha da lua said...

Agradeço os comentários pertinentes do SLGS e ao Carlos Esperança Os actos que os judeus cometeram(embora mereçam ser condenados)foram numa situação de guerra (como infelizmente tantos outros povos ) Devo no entanto ressalvar que critico firmemente a posição de Israel relativamente à Palestina Gostaria de desejar a todos um Bom Ano

2 de janeiro de 2017 às 22:44  

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