16.8.19

Os Portugueses sem Mercados

Por Joaquim Letria
Bruno Fernandes, o médio do Sporting, já não vai jogar no Reino Unido porque os ingleses ficaram sem paciência e mandaram o Clube de Alvalade dar uma volta ao bilhar grande depois de meses de supostas negociações com o Tottenham e de inventarem que também andavam a falar com o Manchester United. Como diria o Jorge de Jesus, juntando em óculo o indicador ao polegar, “BOLA, ZERO!”
O rapaz deve estar muito desiludido e agora vamos ver se consegue ir jogar à bola em França, Itália, China ou Emiratos Árabes com o Sporting a exigir 70 milhões a torto e a direito a quem não os quer dar. Imagino o desgosto de Bruno Fernandes a quem andaram a contar histórias da carochinha e não lhe levaria a mal se logo a seguir ao ataque a Alcochete tivesse seguido os exemplos de William Carvalho ou de Rui Patrício. Como vês, meu menino, ninguém te agradece teres sido leal e fiel ao teu clube.
Bruno Fernandes não deveria, aliás, esquecer os casos de Yannick Djaló e o de Adrien a quem os cavalheiros de Alvalade obrigaram a estar de quarentena quase um ano por nem os documentos das vendas dos passes destes jogadores terem assinado em condições e a tempo e horas.
Enfim, não fossem as nossas centenas de enfermeiras e enfermeiros, as dezenas de cientistas e alguns músicos e outros artistas que emigram e deixam aqueles que os recebem maravilhados e nós muito orgulhosos e eu pensaria que os portugueses estavam a ficar sem mercado. É que além do Bruno Fernandes malograram-se outras transferências...
Para começar pelo último caso, refiro-me à do ministro das Finanças, Mário Centeno, que andou a dançar em pontas que nem um Nureyev, para o pôrem à cabeça do FMI, mas não contou com a Krystal da Bulgária que na ONU já tinha perdido para o Guterres e agora deve ter pensado “um português, outra vez!?” antes de se aplicar a fundo e despachar o nosso querido ministro das Finanças. Para nós, do mal o menos, que o acolhemos no Terreiro do Paço…
Outro caso foi aquele que pode ter sido inventado como o do Manchester United com o Bruno Fernandes e que fez com que o nosso bem amado primeiro ministro tenha andado a fazer constar que se tinha agarrado às paredes para não o arrastarem para a presidência da União Europeia. Por uma questão de patriotismo que devemos agradecer, António Costa ficou por cá. Ainda bem!
Resta agora ver se o Pedro Marques também não vai para comissário europeu… estou em crer que a Elisa Ferreira manda o ex-ministro da bitola estreita ficar às voltas ao bilhar grande. Vai uma apostinha?
Publicado no Minho Digital

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1 Comments:

Blogger José Batista said...

Em grande forma, o Joaquim Letria.
Olhos, para que vos quero.
É que há olhos que não conseguem ver...

16 de agosto de 2019 às 16:43  

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