A candura de um candidato
Imagine-se que alguém, pretendendo almoçar, se dirige a um restautrante; e, ao querer saber o que há que se coma, leva com a seguinte resposta:
- Entre, entre! Mas não lhe podemos mostrar a ementa, pois vai ter de confiar na nossa casa. É déjeuner-surprise... Paga adiantado, senta-se...
- E só então é que me mostram o menú? - pergunta o cliente, confuso.
- Qual menú?! Nós servimos-lhe o que entendermos que é melhor para si! - é a reconfortante resposta.
- Mas porquê?! - ainda questiona o infeliz, que sabe que os outros restaurantes ali por perto ainda são piores.
E é então que apanha com uma resposta esmagadora:
- Porque o contrário seria de uma grande arrogância da nossa parte!
--
Estranho?
Idiota?
Não sei, mas é essa, exactamente, a resposta de um dos nossos candidatos a Primeiro Ministro quando lhe perguntam que governo se propõe dar-nos se votarmos nele e ganhar as eleições.
- Entre, entre! Mas não lhe podemos mostrar a ementa, pois vai ter de confiar na nossa casa. É déjeuner-surprise... Paga adiantado, senta-se...
- E só então é que me mostram o menú? - pergunta o cliente, confuso.
- Qual menú?! Nós servimos-lhe o que entendermos que é melhor para si! - é a reconfortante resposta.
- Mas porquê?! - ainda questiona o infeliz, que sabe que os outros restaurantes ali por perto ainda são piores.
E é então que apanha com uma resposta esmagadora:
- Porque o contrário seria de uma grande arrogância da nossa parte!
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Estranho?
Idiota?
Não sei, mas é essa, exactamente, a resposta de um dos nossos candidatos a Primeiro Ministro quando lhe perguntam que governo se propõe dar-nos se votarmos nele e ganhar as eleições.
5 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Será que Fernando Gomes, Narciso Miranda,Manuel Seabra, Armando Vara(e porque não Freitas do Amaral e Pinto da Costa?) farão parte do menú-surpresa?
Neste caso parece que não é da ementa que se trata mas dos criado que servem à mesa.
Um abraço.
BE
Claro!
A gente sabe que no restaurante há coisas boas e más.
Mas é de desconfiar do criado (ou do patrão) que não quer dizer o que tem - e que só garante que "é melhor do que a concorrência"...
E depois admirem-se que muita gente prefira almoçar "em casa"...
José Santos
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