O relativismo
Ultimamente tivemos de aturar, na Comunicação Social, uma monumental «seca» à conta de dois papas e de 115 cardeais; e, de súbito, a propósito de Bento XVI, toda a gente desatou a falar do combate a uma coisa chamada «relativismo» - que nada tem a ver com a Teoria da Relatividade cujos 100 anos agora se comemoram.
E foi devido a uma associação de ideias que envolveu uma outra «seca» (a que assola o nosso país), que me lembrei de uma cena a que assisti há tempos e que mostra como tudo é, de facto, muito «relativo»:
Um agricultor da Beira-Baixa, desesperado com a falta de chuva que o atormentava, ouvia com muita atenção o Boletim Meteorológico na televisão da taberna da aldeia.
A certa altura, a tontinha-de-serviço informou, com um sorriso aberto:
«... e vai continuar o bom tempo!»
O homem atirou com as pedras do dominó, levantou-se intempestivamente, e desabafou - num brado que se ouviu no largo da igreja:
«E se fosses para a p*** que te pariu, mais o teu bom tempo?!»
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