28.6.05

Feira Popular

A nossa sociedade assemelha-se, cada vez mais, a uma feira popular. Esta tem as luzes, a fantasia, a música, os carrosséis, os restaurantes, a festa dum luna-parque, mas também oferece o frémito do medo, o escuro das casas de terror, dos combóios-fantasmas, dos túneis da morte.
Progredimos nas tecnologias e nas ciências, avançamos nas celebrações, mas na busca pela felicidade sempre houve lugar e tempo para o terror e a desolação. Terrorismo e violência nunca deixaram de progredir de mão dada com os avanços da sociedade, tal como a tristeza nunca deixou de acompanhar a festa e a alegria de viver.
Os crimes que hoje se cometem serão, porventura, muito mais brutais e afectarão muitos mais seres humanos do que afligiam no passado. E não é esse facto indesmentível que nos põe a dizer que o progresso, ao cabo de séculos, não é real .É outro facto igualmente indesmentível.
Enfrentar a violência da realidade supõe lutar pelos valores em que acreditamos, entre os quais a liberdade de todos. Só assim poderemos acreditar que a nossa sociedade progride, como sucedeu até aqui. Se assim não for, estaremos a mentir a nós próprios.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ora viva!

Seja bem regressado!!

28 de junho de 2005 às 15:21  

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