7.7.05

Direito à informação

NO decorrer de uma das reportagens sobre os atentados de hoje, fez-me alguma confusão o jornalista português que se referia à senhora que manobrava a câmara como sendo «a minha camera-man» - mas isso é um pormenor sem importância.

O que na realidade me fez mais impressão foi o à-vontade com que a repórter da RTP, em directo do Aeroporto da Portela, mostrava ao mundo o que estava (e não estava...) a ser feito em termos de segurança:

Quantas carrinhas da polícia havia (e onde estacionavam), quantos agentes lá estavam e onde conversavam, etc - enquanto a câmara (manobrada pelo camera-man ou pela camera-woman) mostrava tudo aos possíveis interessados.

(Este texto veio a ser publicado no «DN» em 10 Jul 05)

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oh meu caro isso são ossos do ofício, é como a postura do médico perante a morte...o hábito cria-nos calo.
Além disso não consigo depreender frieza emocional de um jornalismo isento e normal, apesar das circunstâncias.
A frieza, às vezes, esconde o medo de lidar com as emoções.

8 de julho de 2005 às 02:03  
Anonymous Anónimo said...

É um falso problema. Os jornalistas só mostram o que lhes deixam mostrar, não as protecções secretas.

A segurança usa muitas vezes estes métodos para fazer crer que só
existe aquilo que as televisões mostram.

Interessa a todos: ao jornalismo, porque tem uma boa história, ao
público, que fica tranquilo, e à polícia porque assim persegue os
seus fins.

Não, não há mal nenhum neste género de reportagens.

C.

8 de julho de 2005 às 10:28  
Anonymous Anónimo said...

é preciso entender que a partir do momento em que os terroristas tem acesso aos compostos com que fabricam os explosivos, pouco ou nada ha a fazer. é uma questao de sorte, ou azar neste caso.
Quantas pessoas tem dificuldade em entrar no metro, no autocarro, seja onde for, com uma mala às costas? é tao facil para nos como é para eles.
A guerra ao terror faz-se com tempo e muita capacidade de sofrimento. O objectivo dos terroristas nao é a saida do Iraque ou Afeganistao, o objectivo é o da separaçao das populaçoes por religioes. Eles querem criar uma situaçao de tal forma instavel que mesmo as pessoas decentes nao teram outra escolha senao a de tomar um partido. Este pode ser mesmo o principio do fim da propalada "globalizaçao". Ha que ter em mente que existem sempre pessoas bondosas em todo o mundo, mas certas populaçoes nao podem ser misturadas tao rapidamente como se faz hoje em dia. A jugoslavia foi um bom exemplo em como se podem misturar pessoas, mas a combinaçao de mentalidades diferentes pode resultar em misturas explosivas. Na verdade, somos todos importantes, mas nao iguais. Somos bem diferentes uns dos outros, o que é bom. Mentalidades formadas ao longo de milenios nao sao facilmente alteraveis em decenios. Essa é a verdadeira guerra, a guerra de mentalidades que so o tempo pode resolver. Temos de evitar a todo o custo o caminho que estamos a seguir. Nao podemos de modo algum começar uma nova "cruzada". Essa tem de ser a nossa batalha. Infelizmente é uma batalha em que temos que combater todos os lados envolvidos, pois todos parecem empenhados em uma resoluçao bélica em detrimento de uma resoluçao pacifica

8 de julho de 2005 às 12:37  
Anonymous Anónimo said...

Certíssimo.

Haverá coisa mais fácil do que meter uma bomba (p. ex.) no Aeroporto da Portela?

Quantas vezes entrei nas casas-de-banho com malas, sacos e embrulhos sem qualquer controlo!

C.E.

8 de julho de 2005 às 15:02  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Eu estive em Paris numa altura em que rebentavam bombas em caixotes do lixo.
Pois foram TODOS fechados (muitos milhares!!)com chapas metálicas.

A partir daí, as pessoas punham o lixo no chão, ao lado deles.

Incluindo saquinhos-de-plástico (com bombas, se necessário!)

8 de julho de 2005 às 15:05  
Anonymous Anónimo said...

Peço imensa desculpa aos ilustres comentadores que acabo de ler, mas não me ensinaram nada, não me deixaram uma só ideia nova, não avançaram uma solução pertinente, para que escreveram então? Blá blá blá inútil, pequenito, miudinho, de quem não tem nada na cabeça e não gosta da comunidade em que vive. Pirem-se!

9 de julho de 2005 às 03:43  
Anonymous Anónimo said...

Olha! Chegou um fedorento a estas horas... Pira-te tu, meu!

9 de julho de 2005 às 03:47  
Anonymous Anónimo said...

Eu bem tinha razão, mário. Disseste alguma coisa, "meu"??

9 de julho de 2005 às 03:49  
Anonymous Anónimo said...

Não se preocupe, Anonymous, que nós (comentadores anteriores) vamos penitenciar-nos com vergastadas dolorosas pelo facto de não termos cumprido a missão de acrescentar uma ideia nova ao carissímo.

10 de julho de 2005 às 17:58  
Anonymous Anónimo said...

Essa besta que vem para ai armado em esperto tem de aprender a ler. Caso aprenda percebe que todos concordam que este é um problema dificil de resolver, e para o qual ninguém ainda encontrou uma soluçao. Alias é opiniao geral que nao ha soluçao porque é impossivel controlar tudo o que se passa nas cidades. Ja agora uma sugestao, se esta enervado porque nao consegue ter sexo, pague a uma prostituta bem ranhosa como o senhor deve ser.

11 de julho de 2005 às 11:10  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Graças aos seus leitores (mesmo os que se protegem com "anonimato"), este blogue, apesar de ser um espaço aberto, tem-se mantido afastado do padrão de insultos que mancham tantos outros.

Mas a sabedoria popular é uma grade coisa! - confirma-se que «não há regra sem excepção».

11 de julho de 2005 às 11:43  
Anonymous Anónimo said...

Como cidadão responsável não recorrerei a prostitutas pois é dinheiro que foge ao fisco (economia paralela) mas agradeço o conselho...e preocupação em resolver os meus problemas sexuais, detectados por via telefónica, cabo ou adsl...meu caro, isso é um dom.

11 de julho de 2005 às 22:11  

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