24.9.05

Há gostos para tudo...

CLARO que, quando alguém desencadeia uma luta, lá terá as suas razões.
Mas confesso que fico muito mais comovido quando, entre as suas exigências, constam coisas como a melhoria das condições de trabalho ou do serviço prestado.

1-Por sinal, a dos juízes vem logo a seguir àquilo que, aos olhos do cidadão-comum, é um escândalo: a magistrada que mandou Fátima Felgueiras em liberdade refere-se à dita como tendo estado «alegadamente no Brasil», no seguimento de «uma aparente fuga à Justiça».

2-A dos polícias também me causa alguns engulhos - tendo em conta a passividade e inoperância que vejo no dia-a-dia mesmo sem precisar de sair à rua (basta-me espreitar pela janela).

3-A dos militares... (????????????????????????????????)

4-Quanto à de alguns professores, aqui fica um pequeno apontamento:

Quando a generalidade das pessoas, face à louvável intenção do Governo de dar estabilidade ao corpo docente, apenas exclama «BOLAS!! SÓ AGORA É QUE ACORDARAM para uma coisa tão evidente?!», ainda é possível ler coisas como esta:

Mário Nogueira, do Sindicato dos Professores da Região Centro (afecto à Fenprof), veio entretanto criticar esta possibilidade, defendendo a manutenção das colocações por períodos de um ano e defendendo mesmo acções de contestação às intenções anunciadas do ministério.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lê-se no «DN»:

O Ministério da Justiça quer que as decisões dos tribunais sobre cobrança de dívidas sejam estandardizadas, para que possam ser aplicadas a uma multiplicidade de acções. Os juízes vão poder juntar vários processos e proferir, para todos, uma só sentença ou despacho genéricos e sem qualquer

(...)

http://dn.sapo.pt/2005/09/25/sociedade/ministerio_justica_quer_juizes_decid.html
---
É o género de coisas que eu gostaria de ver os Srs. juízes a propor no dia-a-dia ao poderpolítico, pois eles, melhor do que ninguém, devem saber como tornar os tribunais mais eficazes.

O problema é que não se mostram nada interessdos nisso!

25 de setembro de 2005 às 09:47  
Anonymous Anónimo said...

Há uma frase feita "em casa onde não há pão toda a gente ralha e ninguém tem razão".

Ela pode, nos dias de hoje, aplicar-se aqui.

Mas todos estes problemas teem uma origem remota de 3 décadas.

A falta de capacidade de gestão, exemplificada na "incapacidade" de dizer "NÃO".

Qualquer gestor sabe que é mais fácil dizer sim a uma qualquer proposta, por mais absurda, do que um não rotundo que implica perda de popularidade (o gajo porreiro); mas qualquer gestor minimamente inteligente sabe que não pode gerir com "sins", ele gere sobretudo com "nãos".

O que se tem passado ao longo dos anos é a gestão dos "sins" e dos "nãos, mas...".

Assim:

Tem-se gerido, através da perda de dignidade dos profissionais do sector público; os benefícios e as regalias em contraposição à dignidade dos meios e condições dignificantes de trabalho.

Não sou frequentador de tribunais (felizmente), mas reporto aquilo que as nossas TVs tão frequentemente mostram nos ecrãs (não só tribunais mas todo o sector público).

Já imaginaram um gestor do privado ou simples colaborador a trabalhar naquelas condições?

Já alguém reparou nos "lautos" gabinetes de ministros, alto gestores de empresas públicas?

Qualquer empresário sabe que as condições físicas de trabalho, não só dignificam o trabalhador como torna possível uma maior produtividade.

Estes aspectos, que reporto de fundamentais, teem sido descurados por ignorância (?) senão por má fé.

Esta inoperância, relativamente aos meios, canaliza em força as atitudes dos profissionais para reinvindicações "extras" como contraponto dos "indiciários(!) sinais de riqueza; benesses e regalias que os próprios beneficiários (políticos) estabeleceram em LEI".

Um Juíz, um Polícia, um Militar, um Escriturário ou outro qualquer trabalhador da Função Pública é um Homem/Mulher e apenas diferem pelas características técnicas da sua função, dizer-se ou deixar implícito que uns podem porque... e outro não podem porque... é redutor, é desiquilibrado para qualquer ser humano que sente e tem direitos como todos os demais.

PS: Não sou F.Público

26 de setembro de 2005 às 13:53  
Anonymous Anónimo said...

Rather disputable.

28 de novembro de 2005 às 13:53  

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