É preciso ter muita «lata»!
COMO se sabe, por causa do co-piloto português que está em prisão domiciliária na Venezuela, a aguardar julgamento, as autoridades portuguesas intervieram junto do respectivo Embaixador, Governo e P. R., aproveitando para criticar o facto de esse país... «ter uma Justiça muito lenta»!!!
Para ilustrar uma referência ao assunto, fiz uma pesquisa de imagens em «Diz o roto para o nu: "porque não te vestes tu"?» - mas só encontrei destas...
Para ilustrar uma referência ao assunto, fiz uma pesquisa de imagens em «Diz o roto para o nu: "porque não te vestes tu"?» - mas só encontrei destas...
Bem... uma boa alternativa podia ser esta outra, que dispensaria legenda:
NOTA: Não se põe em causa - EVIDENTEMENTE! - a necessidade de um julgamento rápido e justo dos afectados. O que aqui se pretende destacar é o extremo ridículo da situação: altas autoridades portuguesas permitindo-se pressionar e criticar, em público, o sistema judicial de outro país... por uma situação que é rigorosamente igual à que existe no nosso!
Imagens:
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«DN» de ontem:
O embaixador da Venezuela em Portugal, Manuel Quijada, rejeita as críticas feitas à justiça venezuelana relacionadas com o caso do co--piloto, Luís Santos, detido naquele país por suspeita de tráfico de droga. Em carta enviada ao DN, o diplomata salienta que a morosidade processual "não é exclusiva" do sistema venezuelano. E, em jeito de recado para as autoridades portuguesas, lembra que no nosso país "estão presos e processados por tráfico de droga 120 venezuelanos em Lisboa, Funchal e no Porto". Manuel Quijada recorda, aliás, que duas jovens venezuelanas permaneceram (uma um ano, a outra nove meses) em prisão preventiva, mas em julgamento foram consideradas inocentes.
A carta de Manuel Quijada foi motivada pela notícia do DN sobre o envolvimento do vice-presidente da Venezuela, José Vicente Rangel, no caso do co-piloto Luís Santos, que aguarda julgamento pelo crime de tráfico de droga. No texto, o diplomata afirma que, a existir algum tipo de intervenção do vice-presidente no processo, tal "seria para proteger as particularidades" do mesmo e não para "influenciá- -lo". "A sua vasta carreira política", continua o diplomata, confere-lhe a experiência necessária para saber que "não pode imiscuir-se num caso judicial que não é da sua competência como membro do governo".
Manuel Quijado garante que a "Venezuela goza de uma democracia dificilmente superável por outro país do mundo, isto porque a separação de poderes é uma realidade incontestável". Sobre o facto de o avião Citacion X, propriedade da empresa Tinairlines, ainda se encontrar retido na Venezuela, o embaixador considera "tratar-se de uma ousadia judicial" pretender que o mesmo seja restituído aos seus proprietários, estando em causa "um julgamento que ainda não começou e tratando-se do corpo de delito num caso de flagrante delito".
Seja como for, a diplomacia portuguesa tem em curso várias iniciativas para mudar a situação do co-piloto português, Luís Santos, acusado de tráfico de droga juntamente com mais três cidadãs portuguesas. Ontem, o Presidente da República, Jorge Sampaio, assumiu que abordará o assunto com o seu homólogo venezuelano Hugo Chavez, mas teve o cuidado de não alimentar falsas expectativas "É evidente que esse assunto vai ser focado, mas sejamos prudentes e não criemos uma pressão que pode virar-se ao contrário em relação à eficácia que é pretendida".
Também o Procurador-geral da República (PGR), Souto Moura, fez questão de dar a conhecer contactos pessoais que manteve com o seu homólogo venezuelano. "Tive uma conversa pessoal com o procurador geral da Venezuela, expus-lhe a situação e a perplexidade pelo funcionamento da justiça em relação aos consecutivos adiamentos do julgamento", disse o PGR, revelando que o seu homólogo lhe garantiu "a absoluta separação entre o poder político e judicial". Entretanto, pilotos portugueses e espanhóis vão concen- trar-se hoje fardados em Salamanca, para protestar contra os sucessivos adiamentos. A mulher do co-piloto, Júlia Perdigão, manifestou esperança de que o marido aguarde julgamento em Portugal
http://dn.sapo.pt/2005/10/14/sociedade/lentidao_e_exclusiva_sistema_venezue.html
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