O famigerado «a.s.a.p.» (*)
QUANDO, há muitos anos, iniciei a minha actividade profissional, a primeira coisa que o meu chefe me ensinou foi que, quando se está numa posição de se exigir urgência a alguém, não se devem empregar (nem aceitar) expressões do tipo «rapidamente» ou «logo que possível» - nem outras de igual jaez pois, na realidade, são tão imprecisas que cada um as entende como mais lhe convém. (...)
Isso faz-me lembrar a velha rábula do marido que, ao ver a mulher a preparar-se para sair de casa depois do jantar, a interpela, com cara de poucos amigos:
- Olha lá, ó Maria, aonde é que tu julgas que vais?!
- Aonde eu quiser – responde ela no mesmo tom agressivo.
- E a que horas voltas?
- Quando me apetecer.
O homem, então, resolve encerrar o assunto dando um murro na mesa e demonstrando a sua autoridade:
- Mas nem um minuto mais tarde, ouviste?!
---
(*) asap significa (pelo menos em alguns meios) as soon as possible.
Este texto foi publicado no «Expresso» de 3 de Mai 03 e no «Correio da Manhã» de Moçambique no dia anterior - Texto integral [aqui] ; imagem [daqui].
Isso faz-me lembrar a velha rábula do marido que, ao ver a mulher a preparar-se para sair de casa depois do jantar, a interpela, com cara de poucos amigos:
- Olha lá, ó Maria, aonde é que tu julgas que vais?!
- Aonde eu quiser – responde ela no mesmo tom agressivo.
- E a que horas voltas?
- Quando me apetecer.
O homem, então, resolve encerrar o assunto dando um murro na mesa e demonstrando a sua autoridade:
- Mas nem um minuto mais tarde, ouviste?!
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(*) asap significa (pelo menos em alguns meios) as soon as possible.
Este texto foi publicado no «Expresso» de 3 de Mai 03 e no «Correio da Manhã» de Moçambique no dia anterior - Texto integral [aqui] ; imagem [daqui].
1 Comments:
Polux:
Deve ser um galicismo para "emalar".
Em Portugal, tudo o que é matéria sensível é para meter na gaveta, neste caso na mala.
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