O Sr. Nematelminta - I
Aventuras e desventuras
de Jeremias
na Sociedade
da Informação
DURANTE as minhas frequentes intervenções no Parque Tecnológico onde a Teknospiro está sediada, conheci um dia um patusco indivíduo, com o estranho nome de Nematelminta, que trabalhava na empresa do Professor Equinócio.
Ora este patrão, desde que tinha ao seu serviço um computador 486, achava que, por isso, já tinha aderido à nova economia! (...) (Texto integral em «Comentário-1»)
de Jeremias
na Sociedade
da Informação
DURANTE as minhas frequentes intervenções no Parque Tecnológico onde a Teknospiro está sediada, conheci um dia um patusco indivíduo, com o estranho nome de Nematelminta, que trabalhava na empresa do Professor Equinócio.
Ora este patrão, desde que tinha ao seu serviço um computador 486, achava que, por isso, já tinha aderido à nova economia! (...) (Texto integral em «Comentário-1»)
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O SR. NEMATELMINTA-I
Durante as nossas frequentes intervenções no Parque Tecnológico onde a Teknospiro está sediada, conhecemos um dia um patusco indivíduo, com o estranho nome de Nematelminta, que trabalhava na empresa do Professor Equinócio.
Ora este patrão, desde que tinha ao seu serviço um computador 486, achava que já tinha aderido à nova economia! E de tal forma se convenceu que tinha a firma nesse caminho que, quando começou a ouvir dizer que as empresas tecnológicas estavam em dificuldades, resolveu chamar-nos para trocar impressões.
- Vocês já ouviram falar nas empresas TNT? - perguntou-nos ele, não escondendo a sua preocupação.
Era evidente que se referia às TMT, mas não o corrigimos, e no seguimento da conversa percebemos o motivo da confusão:
- Estão todas a dar um estoiro de várias megatoneladas de TNT!
E, rindo, prosseguiu na senda dos disparates:
- Dantes, havia as noivas «com dote». Agora temos as «dot-com»...
Achou muita graça a si próprio, fizemos o favor de o acompanhar na risota, e ele continuou, satisfeito:
- Ora bem... Assim sendo, desde que temos o nosso computador operacional, podemos dizer que também somos uma empresa «dot-com», não é verdade? E, para não ficarmos atrás do que se está a passar por esse mundo fora, decidimos também fazer despedimentos. O que acham?
Ficámos sem saber o que dizer. Mas ele também não estava à espera da nossa opinião e perguntou:
- Chegaram a conhecer o Sr. Nematelminta?
Sim, tratava-se do funcionário encarregado de trabalhar com o tal computador único, e percebemos logo que era ele quem estava "na calha" para ser dispensado...
O professor, apreciando a nossa atenção, puxou-nos para um canto, baixou um pouco a voz e sorriu, acrescentando:
- Notaram, decerto, que o Nematelminta é extremamente gordo. Eu, já para preparar terreno para um despedimento com justa causa, fui-lhe dizendo que ele saía muito caro à empresa por causa das cadeiras reforçadas que nos obrigava a comprar...
A conversa estava a entrar num aspecto difícil de entender. Mas seria uma questão de tempo:
- Ora ele, vendo a coisa mal parada, veio ter comigo e disse-me: «Chefe, reconheço que tenho engordado bastante devido ao meu tipo de vida, sempre sentado... Vou passar a movimentar-me mais, talvez fazer ginástica, passear o cão...»
Nessa altura, o Professor deu uma gargalhada e concluiu:
- Enfim... Não tivemos de o indemnizar, pois foi ele próprio que reconheceu que se queria tornar num ex-sedentário.
NOTA: Esta história foi publicada, em tempos, na revista «VALOR», incluída na série «Salvador, o Consultor», que está "online" em www.janelanaweb.com/humormedina
“A magnífica moldura humana dos homens da R.I.A.P.A., abre caminho a uma vitória sem precedentes. Assumimos a responsabilidade, cumprimos um dever. A R.I.A.P.A. pensa pela sua cabeça, tem uma humanidade responsável e informada. O sucesso da sua missão depende da confiança que saiba transmitir aos seus leitores, na sua seriedade e da coerência das suas ideias” Quitéria Barbuda in “Os Eleitos”, Revista “Espírito”, nº 10, 2005.
www.riapa.pt.to
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