1.1.06

Portugueses aprendem a guiar com "joy-stick"?

COMO é evidente, a sensação de impunidade favorece (e de que maneira!) os comportamentos de risco e a correspondente sinistralidade.

www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1243384&idCanal=90

Ora, há algum tempo, foi anunciado pelo Governo que as câmaras-de-vídeo espalhadas pelo país iriam passar a servir para reprimir infracções de trânsito.

Gerou-se a previsível contestação (associada aos habituais problemas de privacidade), mas a discussão acabou logo que a BT da GNR veio dar a entender que isso era conversa-fiada, pois as câmaras existentes não têm definição para ver as matrículas...

Recentemente, o Governo voltou com a mesma história.

Por isso, foi interessante acompanhar, pouco depois, uma equipa de reportagem de visita a um desses centros de controlo de tráfego.

Entrevistaram o chefe e os operadores, mostraram os monitores e as imagens que era possível obter, e ficámos a saber quem joga com a realidade e quem prefere a ficção...

7 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Esclarecimento adicional:

O que foi dito pelo major de serviço foi o seguinte:

As câmaras, em funcionamento normal, não têm definição para ver as matrículas dos carros.
Apenas dão uma visão geral do tráfego (engarrafamentos, acidentes, etc).

Quando muito (foi o exemplo dado), se houver um condutor «quase-PARADO» a fazer uma manobra esquisita, e se, "por felicidade" (sic), houver ali uma câmara e algum agente vir a cena, poderá, então, ser feito um zoom...

1 de janeiro de 2006 às 15:19  
Anonymous Anónimo said...

Mesmo que as câmaras tivessem definição, o problema da privacidade é um falso-problema:

Na realidade, ninguém se preocupa muito com os MILHARES de câmaras existentes no Metro, nas carruagens da CP,nas lojas, nos multibancos...

Esses condutores que tanto se preocupam com a privacidade só a querem para poder cometer infracções de trânsito à vontade - até ao dia em que sejam eles as vítimas, claro.

Note-se ainda que as outras cãmaras referidas apanham até a cara das pessoas.
As de trânsito, pelo contrário, apenas precisariam de apanhar as matrículas dos carros.

1 de janeiro de 2006 às 15:27  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com Anónimo (!?). Chega de lenga-lenga da treta. Que 2006 seja o ano para o lançamento de uma ampla campanha nacional contra o incivismo (a exemplo da que está a decorrer em Barcelona - porque será que "isto" não merece destaque e divulgação na nossa comunicação social, especialmente nas televisões?).

1 de janeiro de 2006 às 17:26  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Odete Pinto,

Há inúmeras coisas (muitas vezes simples e baratas) que podiam e deviam ser feitas - e não só no trânsito.

Aparentemente, bastam poucas palavras para explicar porque é que tal não sucede:

Há uma TOTAL FALTA DE SENSIBILIDADE de quem podia resolver os problemas.

O caso do trânsito é paradigmático:
A polícia, pelo menos nos centros urbanos que conheço, tem os meios necessários (caneta e papel para multas, bloqueadores, reboques, detectores de velocidade e efectivos).

Se não faz nada é porque, simplesmente, NÃO QUER.

Quem podia pôr essa gente a trabalhar, também se demitiu dessa obrigação. Também NÃO QUER.

1 de janeiro de 2006 às 19:35  
Anonymous Anónimo said...

Querem uma forma simples de resolver pelo menos duas situações frequentes?

Basta que a Lei permita que os utilizadores das zonas pedonais, passeios e passadeiras, possam utilizar como objectos abandonados os veículos que as ocupem!

1 de janeiro de 2006 às 23:20  
Blogger Filipe Baldaque said...

Tenho um irmão que faleceu num acidente automóvel, tendo sido já provado em tribunal que o condutor que provocou o acidente (saiu de mão e embateu de frente) foi o de outro carro que não o do meu irmão. Surpreendentemente, e desde há 3 anos, altura do acidente, esse condutor nunca esteve, sequer, sem carta de condução.

Paralelamente, há cerca de 1 mês e, por cerca de 15 minutos deixei o meu carro estacionado parcialmente numa passadeira (o que assumo está incorrecto). De acordo com o Policia, por sinal simpático, eu vou ficar inibido de conduzir durante 30 dias(além da multa e do reboque que paguei a pronto).

Enquanto tivermos estas leis não acabarão os "acidentes".

2 de janeiro de 2006 às 16:41  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Sugestão:

Enviem estas e outras histórias semelhantes para os jornais.
Muitas vezes publicam:

direccao@dn.pt
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cartasdirector@publico.pt
editorial@metroportugal.com


Ab
BOM ANO
CMR

2 de janeiro de 2006 às 17:42  

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