2.2.06

De cara à banda...

ESTA SEMANA pudemos ouvir, no mesmo telejornal, Sócrates a anunciar que, a partir de agora, TODAS as escolas têm banda-larga e responsáveis de algumas escolas a dizer que isso não é verdade.

«Então em que ficamos?» - interroguei-me eu, ingenuamente. Será que estes tansos das escolas já têm banda-larga e nem sequer o sabem?!

Hoje, nos jornais, vem a FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional) dizer que, de facto (e por razões técnicas) há escolas onde não é possível haver banda-larga.

Que diabo! Agora é que estou mesmo confuso! Afinal, desta gente toda, quem é que estará a dizer a verdade?!
Imagem: www.img01.com/img_user/news/banda_larga2.jpg

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Quem está a dizer a verdade, em principio é a FCCN. Pois como se pode concluir são eles que têm acesso directo ao que está em questão.

2 de fevereiro de 2006 às 15:30  
Blogger cãorafeiro said...

o que se passa é que o engenheiro sócrates ainda não leu as aventuras do jeremias, e portanto tem uma ideia um pouco vaga do que são as tecnologias de informação. deve ter pensado que banda larga seria qualquer coisa relacionada com os 250 anos do nascimento de mozart.

2 de fevereiro de 2006 às 16:49  
Anonymous Anónimo said...

Bernardo,

Claro.

A pergunta colocada neste "post" é uma "paródia", pois a FCCN é quem trata das ligações e o Sócrates é só quem debita a propaganda.

2 de fevereiro de 2006 às 19:00  
Anonymous Anónimo said...

O que não é possível haver por enquanto em todas as escolas é ADSL, por causa da distância de algumas delas à central telefónica. No caso destas escolas, o que se fez foi instalar mais um acesso básico RDIS, a par do que já existia (todas as escolas já tinham RDIS), duplicando assim a largura de banda, de 128 kbit/s para 256 kbit/s.

É geralmente considerado, por definição, que a banda larga começa a partir dos 256 kbit/s. É claro que se vários computadores acederem ao mesmo tempo à Internet, a lentidão do acesso para cada um deles pode tornar-se grande.

2 de fevereiro de 2006 às 23:42  
Anonymous Anónimo said...

Se calhar a FCCN está a falar de ligações à internet, mas o nosso Primeiro tem em mente a criação de filarmónicas nas escolas.

Nos santos populares seremos surpreendidos com os desfiles das bandas largas pelas ruas das cidades.

3 de fevereiro de 2006 às 00:58  
Anonymous Anónimo said...

Estive a ver a seguinte página https://escolas.internet.gov.pt
sobre o projecto banda larga nas escolas, lançado em 2004

Diz:
"No âmbito da Iniciativa Nacional para a Banda Larga promovida pela Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC) – parte integrante do Plano de Acção para a Sociedade da Informação – o Governo Português, através do Ministério da Educação e da Fundação para a Computação Científica Nacional, em estreita colaboração com a UMIC, lançou em 2004 um concurso público tendente à aquisição de acesso em banda larga para todas as escolas públicas do ensino básico e secundário."

Diz ainda:

"De entre as tecnologias de acesso actualmente disponíveis e que poderão ser consideradas no âmbito deste concurso público encontram-se:

xDSL (Digital Subscriber Lines)

A tecnologia DSL (nos seus diferentes formatos, ex. ADSL, ADSL2, ADSL2plus, SDSL, VDSL, HDSL, SHDSL) permite utilizar simultaneamente a linha de cobre de acesso telefónico local como linha de acesso em banda larga. De entre os serviços DSL disponibilizados enquanto oferta comercial aos clientes finais, o mais difundido é o ADSL, com diferentes velocidades de transmissão upstream e downstream, podendo em teoria chegar aos 8 Mbps downstream. Em Portugal, as ofertas comerciais actuais ainda não ultrapassam os 1.024 Kbps downstream. A activação deste serviço pressupõe a existência de uma linha telefónica analógica activa.

Cabo

O cabo é um suporte físico de transmissão geralmente composto por um conjunto de vários fios metálicos (cabo coaxial). As redes cabo podem ainda incluir troços de fibra óptica. Através das redes cabo, para além dos tradicionais serviços de transmissão de sinal televisivo (teledifusão), são actualmente prestados serviços de acesso à Internet em banda larga e serviços de voz. Contrariamente ao ADSL, esta tecnologia pressupõe a partilha da largura de banda disponível num dado canal por todos os utilizadores que a ele se encontram directamente ligados. Não obstante este facto, as larguras de banda actualmente disponibilizadas aos utilizadores finais via cabo são muito semelhantes às oferecidas através de ADSL.

PLC (Power Line Communications)

Tecnologia que utiliza a infra-estrutura da rede de distribuição de energia eléctrica já existente (e mais concretamente a rede eléctrica de média e baixa tensão) para a prestação dos serviços de voz e de acesso à Internet em banda larga aos clientes finais. É hoje considerada uma alternativa viável para a massificação da banda larga nos vários países onde a utilização da energia eléctrica se encontra fortemente disseminada. Permite larguras de banda (partilhada) da ordem dos 20 Mbps, estando presentemente a ser testados standards que possibilitam velocidades de transmissão até 100 Mbps, podendo em breve atingir os 200 Mbps. Soluções assentes sobre esta tecnologia encontram-se ainda em fase de introdução (piloto) em Portugal, embora sejam já actualmente comercializadas em vários países, caso, p.ex., da Espanha.

FTTH (Fibre to the Home)

Tecnologia de rede fixa, assente na utilização de cabos de fibra óptica na rede de acesso ao utilizador final, que possibilita uma ligação física permanente, para o uso exclusivo do utilizador, com velocidade de transmissão simétrica e sobre a qual cursa todo o tipo de tráfego (voz, dados, etc.). Um cabo de fibra óptica é constituído por fios de fibra de vidro, permitindo a transmissão de sinais sob forma de impulsos de luz. Garante o envio e recepção de grandes quantidades de dados a grandes distâncias e com pequena distorção. Comparativamente a todas as restantes tecnologias disponíveis, permite a disponibilização aos utilizadores finais de larguras de banda extremamente elevadas. Embora o preço deste tipo de solução tenha vindo a decrescer, é ainda a mais dispendiosa. A utilização de fibra óptica encontra-se actualmente generalizada nas redes de transporte dos diferentes operadores de telecomunicações, sendo ainda muito utilizada em anéis de comunicação que ligam pontos fundamentais de empresas ou zonas onde exista um grande número de entidades que exijam grande fiabilidade e rapidez nas comunicações.

FWA (Fixed Wireless Access), o Satélite e o Wi-Max (standard IEEE 812.16)

Tecnologias wireless que assentam na utilização de frequências do espectro radioeléctrico nacional sujeitas a licenciamento, sobre as quais os operadores licenciados podem prestar serviços de voz e serviços de acesso à Internet em banda larga. A prestação e a utilização de serviços suportada em sistemas FWA e em Satélite encontra-se pouco difundida no mercado nacional. O FWA garante velocidades downstream que podem ir até aos 8 Mbps para cada cliente. No entanto, em resultado dos ainda elevados custos que normalmente lhes estão associadas, estas plataformas tecnologicas são essencialmente utilizadas em áreas geográficas que apresentam significativas concentrações de tráfego. Por outro lado, o Wi-Max, tecnologia wireless ainda em fase de introdução no mercado e que permite larguras de banda (partilhada) da ordem dos 75 Mbps, encontra-se presentemente a ser testado como parte integrante de soluções piloto desenhadas para a cobertura de zonas remotas em vários países.

WLAN (Wireless Local Area Network)

As tecnologias de W-LAN, de entre as quais se destacam os standards 802.11b/g (mais conhecidos por WiFi), têm vindo a assumir uma importância crescente enquanto tecnologias wireless alternativas para acesso local aos utilizadores finais. Utilizam espectro livre (não sujeito a licença), sobre o qual é já actualmente comercializado o acesso à Internet em banda larga, e inclusivamente, num futuro próximo, serviços de voz. Este tipo de tecnologia é normalmente utilizado na criação de redes domésticas ou empresariais sem fios. De entre todas as tecnologias disponíveis é das que apresenta menores custos de implementação, o que a torna especialmente atractiva no desenvolvimento de infra-estruturas de acesso local de banda larga em zonas onde o número e tipo de utilizadores é variável. Regista, no entanto, algumas limitações ao nível do seu alcance, capacidade de cobertura e garantia de qualidade de serviço.

UMTS (Universal Mobile Telecommunications System)

Igualmente denominada 3G (rede móvel de terceira geração), trata-se de uma tecnologia wireless que, após alguns atrasos, se encontra em fase de lançamento comercial em Portugal e que vai coexistir com a actual rede móvel assente em tecnologia GSM e GSM/GPRS. Utiliza W-CDMA (Wideband Code Division Multiple Access) como standard base de transmissão e, na sua configuração base, permite velocidades de transmissão teóricas até 2Mbps. Os serviços disponíveis via UMTS (ex. serviços de voz e serviços de acesso à Internet em banda larga), são acessíveis através de equipamentos terminais móveis, mas igualmente através de PCs dotados de modems ou placas wireless apropriadas."

Em suma: RDIS não é banda larga.

3 de fevereiro de 2006 às 23:10  

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