13.2.06

«Éne-É-Gê-Ó!»

QUANDO, recentemente, o jornal «24 horas», referindo-se às famigeradas disquetes da PT, garantiu que elas continham mais do que a lista de chamadas de Paulo Pedroso, Souto Moura disse que isso era mentira; soube-se, pouco depois, qual dos dois dizia a verdade.

Hoje, o mesmo jornal denuncia outra situação bizarra:

Segundo ele, a PSP utiliza, nas suas investigações, veículos com matrículas falsas - o que não teria mal nenhum se não correspondessem às de carros de pacatos cidadãos!

Face à negação da PSP, o jornal mostra hoje as fotografias de 4 carros (dois com matrícula 67-61-FQ e outros dois com matrícula 26-36-GE).

Mas foi mais longe:

Teve a pachorra de ir à Conservatória do Registo Automóvel, onde pôde confirmar, não só a existência de matrículas repetidas, mas ainda que "metade" delas estão, de facto, em nome da PSP.

Perante isso (ainda segundo o jornal), a PSP... continua a negar.

Parece a rábula do Jô Soares, quando ele dizia
«Mesmo que provem tudo, mesmo que seja verdade... eu NEGO! Éne-É-Gê-Ó!»
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NOTA: No dia seguinte (14 Fev 06), viemos a saber, de fonte oficial, que foi assim, mas já não é.
Acreditemos, pois...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Acho muito curiosa esta informação. Traz-me à memória um acontecimento em que me vi envolvido há uns anos.

Numa manhã de 1998, cerca das oito horas, encontrei o meu carro atirado para cima da berma, com a parte lateral esquerda toda batida, retrovisor arrancado, sinal evidente de abalroamento por viatura desgovernada que bateu e fugiu.

No local onde estacionei a visibilidade era perfeita, mas a rua fazia uma curva ligeira e tudo indicava que o condutor da outra viatura se distraiu, ou adormeceu, seguiu em frente sem curvar e bateu no meu carro lateralmente, com alguma violência.

Entalado na porta estava um bilhete com a matrícula e marca de uma viatura. A pancada tinha sido testemunhada pelo condutor de um autocarro que vinha atrás e que teve a amabilidade de me deixar uma pista para identificar o responsável. O acontecimento foi também testemunhado por um vizinho meu que estava à janela, uns andares mais acima.

No chão havia restos de um retrovisor e de um acessório da outra viatura que identificava um Renault.

Chamei a polícia. A esquadra é próxima e aparecerem rapidamente. Tomaram devida nota do acontecimento. Pouco depois davam-me a má notícia. A matrícula escrita no papel correspondia a um Opel Vectra.

No dia seguinte consegui encontrar o condutor do autocarro. Descreveu-me o que aconteceu e confirmou a matrícula da outra viatura.

Voltei a contactar a polícia. Não obstante a possibilidade de nos encontrarmos perante um caso de matrícula falsa, denotando um eventual roubo, limitaram-se a dizer que não podiam, nem iam, fazer mais nada.

Na altura estranhei a forma como a polícia se mostrou desinteressada do assunto, até com alguma pressa em dá-lo como encerrado.

A informação que aqui recolhi, acerca da utilização de matrículas falsas pela polícia, embora não possa ser tomada como uma explicação definitiva para o meu caso, abre-me perspectivas que nunca me passaram pela cabeça. Sempre a aprender ...

Jorge Oliveira

15 de fevereiro de 2006 às 07:36  

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