4.8.06

«SÓ» só agora?

QUANDO alguém pretende limitar - por pouco que seja - a hecatombe que se desenrola nas nossas estradas debate-se, por parte do cidadão-automobilista-comum, com uma espécie de reivindicação de direito ao suicídio.

Controlo da velocidade média entre portagens? - Manifestamente ilegal!

Uso das câmaras de vigilância da Brisa? - Sim, mas desde que as matrículas dos condutores não sejam identificáveis.

Redução da taxa de alcoolemia? - Então e a indústria associada?

Cartas por pontos, como as que, só em Espanha, reduziram a mortalidade em 23%? - Sim, vamos pensar nisso...

Multas que não demorem 15 minutos a passar à mão? - Sim, talvez um dia...

Agora, é o burborinho que se sabe porque alguém resolveu alertar, através de um anúncio de choque, para o número exagerado de crianças que morrem nas nossas estradas .
Felizmente, já nos vieram dizer que o seu número foi «só» de não-sei-quantas, da mesma forma que as que morreram no bombardeamento de Cana também foram «só» metade das inicialmente referidas e os jovens envolvidos no arrastão de Carcavelos foram «só» 50.

Mas há que reconhecer que a publicidade funciona - pois tanto «só», apesar de despropositado, convenceu-me, finalmente, a ler o livro de António Nobre.

1 Comments:

Blogger fado alexandrino. said...

Aquele fulano de barbas já é dono da PRP há mais de um século, com os resultados que se sabem.
A PRP recebia cerca de 90% das verbas entregues pelo estado para esse fim.
Eis o problema!

5 de agosto de 2006 às 10:00  

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