Se eles são QUINZE é porque, se calhar, são precisos.
Se eles ganham uma pipa de massa é porque, se calhar, merecem.
Mas agora que sejam VITALÍCIOS (como reis...) é que já não percebo - e sendo esse, porventura, o aspecto mais bizarro, percebê-lo parece-me VITAL.
7 Comments:
Era muito fácil perceber.
Bastava ter lido o artigo.
São vitalícios porque têm vínculo â função pública e só podem ser despedidos com justa causa, como os outros setecentos mil que lá há
Não é bem assim, caro fadista.
Primeiro, porque na Função Pública (onde existe uma miríade de profissões e funções ligadas ao Estado, com responsabilidades e especialidades muito diversas) não deve haver muitos cargos com remunerações tão obscenamente chorudas. Pelo menos entre os que trabalham honestamente e com sentido cívico, em prol do bem público. Depois, não conheço outros cargos de chefia na Função Pública que sejam vitalícios. Mas pode até haver outros gatos escondidos. E se calhar alguns até andam em congressos a clamar pelo emagrecimento do Estado.
Indivíduos com cargos vitalícios há muitos, por esse mundo fora:
O Fidel, os reis todos, o papa, o Dalai Lama (bem... este não tenho a certeza)... para já não falar no Berardo, no CCB.
Por isso, estes 15 patuscos não deviam ser notícia.
Ed
Vamos dar de barato, então, que os 700.000 funcionários públicos têm um "emprego vitalício".
Mas note-se uma diferença subtil:
Enquanto esses querem é reformar-se (e, ao invés, o governo quer que trabalhem até mais tarde), quanto apostam que esses tais "15-da-vida-airada" não têm pressa nenhuma de ir para a reforma?
Lurdes S.
À parte o humor subjacente ao que atrás é dito, há que fazer uma distinção:
Pode dizer-se que um funcionário público tem um emprego vitalício.
Ou um "vínculo vitalício ao Estado", se se quiser. É verdade.
Mas um CARGO ESPECÍFICO (para o qual um funcionário público é, eventualmente nomeado) não "costuma ser" vitalício - ressalvando-se, talvez, o que sucede na Coreia do Norte e na já referida administração do CCB (Centro Cultural Berardo).
No entanto, em Portugal, estamos sempre abertos a novas experiências, a novos desafios de gestão!
Fado,
Os funcionários públicos com contratos vitalícios, aonde?
Você deve desconhecer a lei da mobilidade, através da qual o governo pode mandar para casa uns bons milhares, atirando pessoas para uma miséria vitalícia ( isso sim!) com as reduções salariais. Já não são precisos? É estranho: multiplicaram as empresas públicas com as suas gestões autónomas, quando podiam ter aproveitado a competência e o saber de muitos dos seus funcionários. Tanta flexibilidade deu no que se vê. Estas negociatas da EPUL, são a ponta do iceberg.
Em relação à pergunta feita atrás:
«Os funcionários públicos com contratos vitalícios, aonde?», a resposta foi dada há pouco, e oficialmente:
Mais de 80% dos funcionários públicos têm contratos vitalícios, entendendo-se isso como um contrato em que a entidade patronal só pode despedir o trabalhador por motivo de infracção disciplinar grave.
Portanto, o problema na EPUL é o facto de o CARGO (de director) ser vitalício, não a ligação à f.p. em si mesma.
M. Lopes
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