21.11.06

Tempos verdadeiramente difíceis

HÁ ALGUNS ANOS, uma pessoa que estava comigo num escritório deixou cair um clip e, naturalmente, fez o que eu faria: baixou-se, apanhou-o, e nem sequer pensou nisso.
No entanto, um outro colega, que assistira a esse pequeno gesto, comentou com os presentes que se tratava de «uma prova de sovinice»...
E isso dá que pensar: onde será que acaba a nossa "Sociedade da abundância" e começa a "do desperdício"?
A propósito, aqui ficam duas sugestões publicadas no «Almanaque Lello» de 1929:

No meio de inúmeras anedotas, receitas e utilidades, o almanaque ensinava como aproveitar as sobras dos sabonetes e como recuperar os pingos de água de uma torneira - se bem que, neste último caso, mais valia que ensinasse os leitores a compor a válvula!
-oOo-
De passagem, saboreie-se o conselho de rodapé que se pode ver na primeira imagem (numa altura em que falar demais começava a ter alguns perigos): «Falai pouco em frente de pessoas».
Então quando é que se poderia falar muito? Em frente de animais? Sozinho?
(Ver a explicação em «Comentários»).

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A frase do rodapé deve estar incompleta. Não faltará uma linha?

21 de novembro de 2006 às 22:03  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Veliberalino,

Leitores atentos são uma MARAVILHA!!

Fui procurar e, de facto, a frase está incompleta!
Só que o tipógrafo meteu o resto na página seguinte!!:

«...que muito escutam»

22 de novembro de 2006 às 08:25  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Em relação às pingas da torneira:

A avaliar pelo desenho, a torneira não dev ser de válvula (com rodela de borracha ou sola), mas sim "de esfera", não sendo passível de reparação caseira.

O apanha-gotas podia não ser para recuperar a água que caía mas sim para evitar que ela fosse molhar o chão.

22 de novembro de 2006 às 10:35  

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