11.2.07

Televoto e amor de mãe

JÁ HÁ MUITOS ANOS que qualquer português que tenha acesso à Internet ou ao Multibanco pode, em Caminha, transferir para Vila Real de Santo António o dinheiro que lhe apetecer, não lhe passando pela cabeça que ele possa ser interceptado e ir parar a outras mãos.
No entanto, já terá de se meter à estrada para votar numa qualquer eleição porque alguém, em Portugal, mandou para o lixo todo o trabalho que já havia sido feito no sentido de levar o nosso país a emparceirar com os que, por esse mundo fora, já usam o voto electrónico há muito tempo.
Mesmo que se aceitem todas as desconfianças em relação a essa tecnologia, não se compreende que uma pessoa não possa votar numa qualquer Assembleia de Voto do país; além de que nem todos poderão fazer como um amigo meu que, tendo dado consigo bloqueado a 700 km de casa, resolveu o seu problema de uma forma expedita:
Sabendo que a mãe decidira, irredutivelmente, abster-se, combinou com ela o seguinte: ele evitava a longa viagem, e a boa senhora deslocar-se-ia à Assembleia de Voto... votando por ele.
Ora digam lá que amor de mãe não é bonito!
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Transcrito no «DESTAK» em 14 Fev 07

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Muito boa!

11 de fevereiro de 2007 às 22:19  
Anonymous Anónimo said...

Na imagem (que é antiga, pode ver-se Sócrates "dando uma de tecnológico" a experimentar o voto electrónico.

Ora, o facto de o seu governo ter deitado para o lixo todo o trabalho feito pelo Diogo Vasconcelos (e a sua UMIC) tem os contornos de uma jogada político-partidária de baixo nível pelo facto de o homem ser do PSD.

Pode não ter sido isso o que se passou, mas o silêncio de chumbo que se abateu sobre o assunto não deixa muita margem para acreditar em boas intenções.

Ed

11 de fevereiro de 2007 às 22:25  
Anonymous Anónimo said...

Pois é, mãe é mãe!
Abraço!

12 de fevereiro de 2007 às 10:03  

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