9.3.07

Formas de tratamento


As legendas destas duas anedotas (ambas da primeira metade do século passado) fazem-nos matutar: hoje em dia, passaria pela cabeça de algum cliente tratar por tu um barbeiro ou um empregado de restaurante?
E, já agora: o que é que nos leva a tratar alguém por Maria, Menina Maria, Sra. Maria, D. Maria ou Sra. D. Maria?
Que mecanismos mentais - e sociais - estão por detrás dessa opção?
Na sua crónica de amanhã, intitulada «Reflexão sobre o você», Pedro Barroso desenvolve o tema a partir da rábula seguinte:
-oOo-
O Director-Geral de um Banco estava preocupado com um jovem e brilhante Director que, depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então, chamou um detective e disse-lhe:
– Siga o Dr. Lopes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
– O Dr. Lopes pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um ou dois dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Director Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso!
O detective pergunta-lhe:
– Desculpe, posso tratá-lo por tu?
– Sim, claro
- responde o Director, surpreendido.
– Então, eu vou repetir: o Dr. Lopes pega no teu carro, vai a tua casa almoçar...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Está muito BOA!
AFS

10 de março de 2007 às 08:57  

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