9.11.07

O BERRO

Por Joaquim Letria
ESTE GOVERNO faz fretes, governa mal e não é market friendly. Se fosse, os negócios prosperavam, o desemprego diminuía, os investimentos aumentavam, os lucros atingiam lucros que fariam todos felizes, mesmo nesta perspectiva capitalista.
O que sucede é diferente. O tal deficit está longe de diminuir o desejado, apesar do sacrifício da sociedade portuguesa.
Mas a pouca evolução positiva decorre do aumento das receitas e não da parcimónia das despesas, como seria desejável.
O Governo continua a gastar sempre mais e cada vez pior. Se não fosse o folclore da chamada presidência portuguesa da União Europeia, de que lá fora ninguém fala nem dá por isso, e o barulho do marketing com que, por tudo e por nada, se pretende enganar o Zé Povinho, teríamos oportunidade de obrigar o Governo a falar verdade, apresentar os factos verdadeiros e discutir as melhores opções para todos nós.
Enquanto a triste realidade da nossa banca é um oceanário dos tubarões que criaram, a classe média, forçada a suportar uma asfixiante e injusta carga fiscal, vive cada vez pior até dar o berro. Resta ver quanto tempo mais vai aguentar.
«24 horas» de 8 de Novembro de 2007

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«Este governo faz fretes, governa mal (...)»

É frequente encontrarem-se analogias futebolísticas ao que se passa na vida política, e aqui não é excepção.

Da mesma forma que "os grandes" jogam melhor contra equipas boas do que contra "pelintragem", também o nosso Governo resvala alegremente para a mediocridade quando confrontado com a miséria de Oposição que tem.

E isso não é bom para ninguém - nem para a oposição, nem para o país, nem sequer para o PS, onde só os medíocres se podem alegrar com isso.

9 de novembro de 2007 às 15:02  
Anonymous Anónimo said...

Há cerca de 1 ano, Medina Carreira, na TV, disse uma grande verdade:

Os ricos safam-se sempre; os pobres não têm dinheiro (essa faixa da população, aliás, nem IRS paga). Sobra então a classe média, que é quem paga sempre tudo e vai continuar a pagar.

E aí está o aumento dos impostos para os reformados (!), o corte nos benefícios fiscais de deficientes (!), as taxas moderadoras (!) para internados e operados (!)... e a banca (talvez porque os sacrifícios são para todos...) com os maiores lucros de sempre.

Como dizia o Gato Fedorento:

«3%! Parabéns, conseguimos!»

Ed

9 de novembro de 2007 às 15:46  
Anonymous Anónimo said...

E para colocar a cereja em cima do bolo, o nosso PR veio dizer que o Governo está a ter resultados nas áreas em que tinha solicitado.
Em vez de um autista, parece termos dois.
Que nos importa os números, a propaganda, o show off, se os bolsos continuam na mesma ou pior, cada vez mais vazios ?

10 de novembro de 2007 às 09:43  
Blogger Unknown said...

A quase extinta classe média, é ainda quem mais paga impostos que são utilizados de forma solidária, em prole de quem nunca contribuiu, e usufrui regaladamente sem que nada lhe seja exigido em troca, não vejo forma de ver isto alterado, PORTUGAL ACORDA

17 de novembro de 2007 às 19:59  

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