8.11.07

A propósito de A NOSSA LÍNGUA - Passatempo com prémio

Esta notícia do Sol pode ser lida [aqui]
Convidam-se os leitores a comentarem, até às 12h da próxima segunda-feira, o teor desta notícia - ou temas relacionados com a Educação em Portugal.
O autor do comentário mais interessante (*) receberá, como prémio, um exemplar de uma obra de um dos cinco autores contemplados pela decisão de que a referida notícia nos dá conta.
Estão diponíveis, neste momento, os seguintes títulos:
De GIL VICENTE: «Os Autos das Barcas»; «Auto da Alma e Auto da Feira»
De EÇA DE QUEIROZ: «Os Maias»; «A Cidade e as Serras»
De ALMEIDA GARRETT: «Folhas Caídas»; «O Arco de Sant' Ana»; «Frei Luís de Sousa»
De CESÁRIO VERDE: «O Livro de Cesário Verde e Poesias Dispersas»
Do PADRE ANTÓNIO VIEIRA: «Sermões»
(*) A selecção será feita por dois convidados e, em caso de dúvida, terá lugar a já habitual "votação pelos leitores".
-oOo-
Actualização: Após um "desempate pelos leitores", que decorreu em post próprio - [v. aqui], a vencedora foi Cláudia Ribeiro. Pede-se-lhe, pois, que escreva para sorumbatico@iol.pt indicando qual o livro pretendido e morada para o seu envio.

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8 Comments:

Blogger bananoide said...

Não venho participar, venho apenas deixar esta imagem com a tira de BD do Correio da Manhã de ontem, que também tem a ver com o tema:

http://img233.imageshack.us/my.php?image=cmecajy1.jpg

As minhas desculpas pela qualidade da foto, mas foi tirada com o telemóvel.

Um abraço

8 de novembro de 2007 às 15:22  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Já que falámos de clássicos da literatura portuguesa, informa-se que o premiado também poderá optar por:

«Sonetos» (Antero de Quental); «Peregrinação» (F. M. Pinto); «Amor de Perdição» (Camilo); «A Brasileira de Prazins» (Camilo)... e outros que, entretanto, apareçam.

8 de novembro de 2007 às 17:05  
Anonymous Anónimo said...

O que têm em comum os "rankings", o facilitismo, a proliferação de licenciados e doutorados da farinha amparo, o nosso sistema deseducativo e a incompetência geral sobre a qual tropeçamos quotidianamente?

A pergunta é, em si mesma, uma resposta, mas eu acrescento: nenhum dos supramencionados leu Gil Vicente, como quem o percebe; leram Gil Vicente, como quem lê um 16, mais tarde, na pauta. Enquanto as estatísticas forem tão umbiguistas quanto o próprio sistema de ensino, e enquanto o sistema de ensino não formar médias de 12's nem de 15's mas seres humanos instruídos, Educados (com E maiúsculo) e pensantes, não vejo quaisquer motivos para ter esperança que um dia, num futuro (com f minúsculo), as nossas condições melhorem, e que possamos fazer mais enquanto povo. Ou seja: a partir de agora, passámos claramente à fase das "desviagens na minha terra". Nada mais posso fazer senão desejar os meus mais sinceros pêsames, e desejar boa sorte para os estudantes do 12º ano que têm agora a vidinha ainda mais facilitada. Já só precisam de estudar um bocadinho pequenino, para, quando crescerem, em tudo o que fizerem, lhes ficar para sempre a "faltar um bocadinho assim", como no anúncio da danoninho.

Há-de chegar o dia em que não é preciso saber escrever para ensinar português, e já o vi mais longe.

8 de novembro de 2007 às 17:53  
Anonymous Anónimo said...

Se eu meter a mão no lume, queimo-me; se eu me meter à chuva, molho-me. São exemplos de actos cujas consequências aparecem imediatamente, e bem associadas aos actos que lhes deram origem.

No ensino, porém, não é assim - o facilitismo actual vai ter consequências, evidentemente, mas muito mais tarde.
Por isso, os criminosos que o promovem e os ingénuos que o praticam não tem bem a noção do "caldinho" que estão a preparar.

Vamos acabar, como povo, a limpar o rabo aos velhinhos europeus que vêm para cá gozar a reforma; e já não será mau se o soubermos fazer profissionalmente...

8 de novembro de 2007 às 18:06  
Anonymous Anónimo said...

Conheci-os a todos nos antigos 6º e 7º anos do liceu.
Gil Vicente, um génio dramático, introdutor do teatro em Portugal. Almeida Garret trouxe-nos o romantismo e é o autor da obra prima do Teatro português. Eça iniciou-nos no realismo. O Padre António Vieira foi o “imperador da língua portuguesa” segundo Fernando Pessoa..
Para além da introdução de novas formas literárias todos nos passaram o testemunho da sua época, e nos legaram um retrato vivo da sociedade, com os suas qualidades e vícios, bem como os problemas que preocupavam os homens do seu tempo.
É a nossa história e a nossa memória como povo que se perde. Perdendo a memória a identidade esvai-se.
E nunca seremos europeus se não soubermos o que é ser português.

9 de novembro de 2007 às 02:01  
Anonymous Anónimo said...

Leia-se a notícia referida e atente-se na subtileza:

Os alunos até vão "dar" esses autores - no 10.º ou 11.º ano.

Só que, como os pedagogos que mandam na coisa que «dá pela alcunha de Educação» decidiram que o exame só aborda os temas do 12.º (ano em que esses autores não são "dados")... está tudo dito.

De facto, eu não contratava esses chicos-espertos nem para me varrerem a cozinha.

9 de novembro de 2007 às 09:14  
Anonymous Anónimo said...

Como aluna (actualmente no 12º) vejo tudo isto com muita normalidade. É, com muita pena, que posso dizer isto. Desde cedo os alunos nascidos em 1990 viram 'cair' em si a 'responsabilidade' de serem os primeiros a efectuar provas de aferição no 4º e 6º ano, e a terem de realizar exames no 9º ano.
O palavreado de que 'teríamos de estudar muito porque seria muito díficil' nunca convenceu ninguém. E ainda não convence! Apesar de muitos o negarem, o facilitismo supracitado é inerente ao ensino em Portugal! Ora, os resumos dos 'Maias' que podem ser encontrados na World Wide Web são muito mais requisitados do que o livro com mais de 600 páginas (dizem que pesa na mochila!).

' Ler o Frei Luís de Sousa? Para quê? Nem sei o que é o Sebastianismo; é que dei isso em História no 8º ano mas agora já não me lembro nem me interessa!'- a atitude de alunos que frequentam o secundário e que nem capacidades tinham para passar do básico é gritante.


Digo mais, 'dei' Cesário Verde em duas aulas. :|
Em todas as aulas ouço que temos de ter atenção porque sai para o exame. O problema é mesmo este. Os professores estão a 'formar' alunos vocacionados para passar no exame e não para terem sucesso no 'Mundo real' e para apreenderem aquilo que é a cultura e história portuguesa.
É certo que, enquanto isto acontecer, vamos ter muitos licenciados com médias de 17 e 18 mas muito pouca gente com o mínimo de inteligência e capacidade de discernimento e sensibilidade para apreciar uma obra de Eça de Queirós.

10 de novembro de 2007 às 23:19  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Dentro de momentos (às 12h do dia 12 de Novembro), e embora o assunto possa continuar a ser comentado por quem o quiser fazer, deixam de ser aceites respostas com direito a prémio.

Ainda hoje, será indicado (como habitualmente, a vermelho, no fim do post) o nome do(a) vencedor(a), ou será anunciada uma "votação pelos leitores" a decorrer em post próprio, a criar para esse efeito.

12 de novembro de 2007 às 12:01  

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