A Quadratura do Circo
O polvo unido jamais será vencido!
Por Pedro Barroso
TEMOS UMA DAS MAIS GULOSAS e saborosas gastronomias do Mundo.
Corri já a minha parte dele para o poder afirmar. Sou, além disso, dotado geneticamente de uma aristocracia de palato e gosto requintado, o que me permite distinguir uma vieira fresca de outra congelada, e apreciar águas e outros mais encorpados líquidos com a certeza de um golpe, o critério de um mestre e o sentido crítico de um gourmet.
Nas horas vagas, impenitente e mártir, cozinho. Entro nessas ocasiões em elevado transe laboratorial, produzindo ácidos úricos, colesteróis e outras magias alquimistas, sápidas e nocivas, de que tento ter tempero, punho e rédea, mas de que também não enjeito nem o pecado nem o sabor.
Somos todos dessa mesma matriz, mesmo os enjoados da vida. Somos portugueses.
Há sabores nacionais que são, de certo modo, uma afirmação de nossa diferença e individualidade. Do próprio património cultural.
O bacalhau e as suas mil e uma formas de cozinhar, a sardinha assada com pimentos, as conservas de atum, as caldeiradas, os presuntos, as artes de fumeiro e salmoura em geral e tantos outros hábitos alimentares, enraízam fundo no cromossoma do povo e integram uma idiossincrasia, uma gesta, uma escolha, um espaço próprio. Uma afirmação nacional.
O gomoso e magnífico leite-creme da minha avó, queimado de açúcar amarelo com o velho ferro de tostar, seria hoje considerado um perigoso produto alimentar, capaz de matar qualquer um e de encerrar um estabelecimento de prestígio como o Tavares Rico.
Paralelamente, os queijos que o pastor João Serra faz em Alcafache, escondido na sua queijeira clandestina – para chamar nomes pomposos ao tugúrio onde os cura… – são mais saborosos que os serras autorizados, fabricados em cozinhas de alumínio e inox. Porquê, não sei. Mas são.
A minha velha faca de bocas pronunciadas, de tão gasta e afiada na mó de argila, aquela mesma que levo para toda a parte quando é suposto cozinhar, e que me dá confiança no descasque e eficácia no golpe, essa, nem pensar em cozinhar com ela. Está fora da norma e não é mais que um pedaço de lixo, na óptica oficial de quem inspecciona as cozinhas desse país secreto e perigoso. Porque, por trás do sorriso farisaico do chefe de sala, lá nos recônditos e sinistros bastidores de tenebrosos restaurantes... há sempre atentados que desconhecemos - comida podre, facas duvidosas, aventais por engomar.
Daí tornarem-se urgentes medidas drásticas.
Com efeito, as mãos de vaca com grão, por exemplo, terão de acabar. Está provado que as vacas não usam protecção nas patas durante o seu pastoreio o que indicia hábitos conspurcados e de péssimo futuro. O mau hábito de defecarem para baixo permite um convívio íntimo das fezes com as citadas patas, pelo que muitas delas mostram sintomas de inflamação interdigital não combatida. O próprio grão não foi calibrado de acordo com a escala de programação, cor, emissão de CO2 e medidas autorizadas pela CEE.
Teria, de resto, de fazer-se um curso – de difícil aceitação e tolerância às autoridades europeias que superintendem a higiene do que comemos – para lhes conseguirmos explicar que neste país comemos pezinhos de coentrada, bucho recheado, dobrada com feijão branco, tripas grelhadas, enguias de ensopado, alheiras de caça, perdizes mortas de véspera, passarinhos fritos, patos e galos caseiros de saúde nunca controlada, mioleiras, ovos não carimbados postos por galinhas deseducadas e pica no chão, couves do quintal, batatas e feijões igualmente sem inspecção botânico/sanitária, azeitonas apanhadas directamente das oliveiras e não compradas em frascos, chouriços e morcelas de sangue defumados no nosso fumeiro de azinho, presuntos provenientes de porcos em vida provavelmente nauseabundos, vinho pisado com os pés, queijos de origem em leite proveniente de tetas duvidosas e, por vezes, coagulados com um cardo bravio que há nos montes, sandes de courato vendidas em carripanas, sem o mínimo de condições, à beira da estrada, com os carros a passar ao lado, em dias de futebol!
E explicar-lhes que, contudo, sobrevivemos. Morreriam de susto.
Mas há mais.
Juntemos os bolos e barquilhos da caixinha mágica da praia, os gelados que ao fim de uma manhã de areal já estão mais desfeitos que a neve em Agosto, castanhas assadas em carvão no meio dos cavalos da Feira de S. Martinho, a neve doce tão pedida pelos miúdos, aquela que é enrolada no pau em feiras e romarias pelo país fora, e as farturas e churros feitos na frente de toda a gente, sem higiene nem preparos, cheios de óleo e canela duvidosa, embrulhados em papel pardo, rasgado sem norma nem preceito.
Juntem-se os saborosos e nojentos caracóis, apanhados nos mais inverosímeis sítios, inclusivamente cemitérios; os percebes; as lapas, cadelinhas, berbigões, ouriços e mexilhões roubados na maré baixa, em areias e rochas, repletas de um fétido cheiro a algas e a mar.
E, por fim, os próprios sargos, robalos e restantes peixes, apanhados a comer a babugem por inconscientes pescadores à linha, que arriscam a vida em erectas falésias, e que não cumprem, obviamente, as mínimas normas de segurança alimentar, pois alimentam-se de restos e despejos naturais e marítimos não controlados, de proveniência tão sórdida que até me escuso a comentar.
Da carne, nem sequer falo. Nenhum nutricionista a recomenda, nem há matadouros onde o sacrifício das rezes seja precedido dos actos religiosos recomendáveis e piedosos. O pecado da carne estará para sempre banido do nosso viver. Só argentina e congelada. Ponto. Parágrafo.
Feche-se o país e comamos todos… não sei…talvez pão. Mas do embalado, de origem escandinava, em tostas integrais, vacinados contra a gripe e tudo.
O pão do Alentejo será proibido em breve. Só em forno eléctrico.
O forno a lenha tornar-se-á um objecto de museu.
Decorrente disso, cabritos de todos os montados: – respirem de liberdade!
Pargos no forno: - a vossa hora é de vitória!
E também vós, couves e alfaces da horta própria, espigai à vontade – não podeis ser consumidas. Estais finalmente livres!
Adeus, sabores de Portugal! Europa oblige.
Tias velhas, avós, mães, enfim, todas vós, hábeis, exímias cozinheiras, – acabou tudo! Agora fazei costura.
E nós próprios, cozinheiros e amantes do viver, Epicuros serôdios e insensíveis. Devíamos ter era vergonha.
O país regressa dentro de momentos, num outro século qualquer.
Quem quiser associar-se, junte a sua à nossa voz.
Preparemos a passagem à clandestinidade.
Eu por mim, de resto – nisto e naquilo - também já sou clandestino há tanto tempo que nem estranho...
Corri já a minha parte dele para o poder afirmar. Sou, além disso, dotado geneticamente de uma aristocracia de palato e gosto requintado, o que me permite distinguir uma vieira fresca de outra congelada, e apreciar águas e outros mais encorpados líquidos com a certeza de um golpe, o critério de um mestre e o sentido crítico de um gourmet.
Nas horas vagas, impenitente e mártir, cozinho. Entro nessas ocasiões em elevado transe laboratorial, produzindo ácidos úricos, colesteróis e outras magias alquimistas, sápidas e nocivas, de que tento ter tempero, punho e rédea, mas de que também não enjeito nem o pecado nem o sabor.
Somos todos dessa mesma matriz, mesmo os enjoados da vida. Somos portugueses.
Há sabores nacionais que são, de certo modo, uma afirmação de nossa diferença e individualidade. Do próprio património cultural.
O bacalhau e as suas mil e uma formas de cozinhar, a sardinha assada com pimentos, as conservas de atum, as caldeiradas, os presuntos, as artes de fumeiro e salmoura em geral e tantos outros hábitos alimentares, enraízam fundo no cromossoma do povo e integram uma idiossincrasia, uma gesta, uma escolha, um espaço próprio. Uma afirmação nacional.
O gomoso e magnífico leite-creme da minha avó, queimado de açúcar amarelo com o velho ferro de tostar, seria hoje considerado um perigoso produto alimentar, capaz de matar qualquer um e de encerrar um estabelecimento de prestígio como o Tavares Rico.
Paralelamente, os queijos que o pastor João Serra faz em Alcafache, escondido na sua queijeira clandestina – para chamar nomes pomposos ao tugúrio onde os cura… – são mais saborosos que os serras autorizados, fabricados em cozinhas de alumínio e inox. Porquê, não sei. Mas são.
A minha velha faca de bocas pronunciadas, de tão gasta e afiada na mó de argila, aquela mesma que levo para toda a parte quando é suposto cozinhar, e que me dá confiança no descasque e eficácia no golpe, essa, nem pensar em cozinhar com ela. Está fora da norma e não é mais que um pedaço de lixo, na óptica oficial de quem inspecciona as cozinhas desse país secreto e perigoso. Porque, por trás do sorriso farisaico do chefe de sala, lá nos recônditos e sinistros bastidores de tenebrosos restaurantes... há sempre atentados que desconhecemos - comida podre, facas duvidosas, aventais por engomar.
Daí tornarem-se urgentes medidas drásticas.
Com efeito, as mãos de vaca com grão, por exemplo, terão de acabar. Está provado que as vacas não usam protecção nas patas durante o seu pastoreio o que indicia hábitos conspurcados e de péssimo futuro. O mau hábito de defecarem para baixo permite um convívio íntimo das fezes com as citadas patas, pelo que muitas delas mostram sintomas de inflamação interdigital não combatida. O próprio grão não foi calibrado de acordo com a escala de programação, cor, emissão de CO2 e medidas autorizadas pela CEE.
Teria, de resto, de fazer-se um curso – de difícil aceitação e tolerância às autoridades europeias que superintendem a higiene do que comemos – para lhes conseguirmos explicar que neste país comemos pezinhos de coentrada, bucho recheado, dobrada com feijão branco, tripas grelhadas, enguias de ensopado, alheiras de caça, perdizes mortas de véspera, passarinhos fritos, patos e galos caseiros de saúde nunca controlada, mioleiras, ovos não carimbados postos por galinhas deseducadas e pica no chão, couves do quintal, batatas e feijões igualmente sem inspecção botânico/sanitária, azeitonas apanhadas directamente das oliveiras e não compradas em frascos, chouriços e morcelas de sangue defumados no nosso fumeiro de azinho, presuntos provenientes de porcos em vida provavelmente nauseabundos, vinho pisado com os pés, queijos de origem em leite proveniente de tetas duvidosas e, por vezes, coagulados com um cardo bravio que há nos montes, sandes de courato vendidas em carripanas, sem o mínimo de condições, à beira da estrada, com os carros a passar ao lado, em dias de futebol!
E explicar-lhes que, contudo, sobrevivemos. Morreriam de susto.
Mas há mais.
Juntemos os bolos e barquilhos da caixinha mágica da praia, os gelados que ao fim de uma manhã de areal já estão mais desfeitos que a neve em Agosto, castanhas assadas em carvão no meio dos cavalos da Feira de S. Martinho, a neve doce tão pedida pelos miúdos, aquela que é enrolada no pau em feiras e romarias pelo país fora, e as farturas e churros feitos na frente de toda a gente, sem higiene nem preparos, cheios de óleo e canela duvidosa, embrulhados em papel pardo, rasgado sem norma nem preceito.
Juntem-se os saborosos e nojentos caracóis, apanhados nos mais inverosímeis sítios, inclusivamente cemitérios; os percebes; as lapas, cadelinhas, berbigões, ouriços e mexilhões roubados na maré baixa, em areias e rochas, repletas de um fétido cheiro a algas e a mar.
E, por fim, os próprios sargos, robalos e restantes peixes, apanhados a comer a babugem por inconscientes pescadores à linha, que arriscam a vida em erectas falésias, e que não cumprem, obviamente, as mínimas normas de segurança alimentar, pois alimentam-se de restos e despejos naturais e marítimos não controlados, de proveniência tão sórdida que até me escuso a comentar.
Da carne, nem sequer falo. Nenhum nutricionista a recomenda, nem há matadouros onde o sacrifício das rezes seja precedido dos actos religiosos recomendáveis e piedosos. O pecado da carne estará para sempre banido do nosso viver. Só argentina e congelada. Ponto. Parágrafo.
Feche-se o país e comamos todos… não sei…talvez pão. Mas do embalado, de origem escandinava, em tostas integrais, vacinados contra a gripe e tudo.
O pão do Alentejo será proibido em breve. Só em forno eléctrico.
O forno a lenha tornar-se-á um objecto de museu.
Decorrente disso, cabritos de todos os montados: – respirem de liberdade!
Pargos no forno: - a vossa hora é de vitória!
E também vós, couves e alfaces da horta própria, espigai à vontade – não podeis ser consumidas. Estais finalmente livres!
Adeus, sabores de Portugal! Europa oblige.
Tias velhas, avós, mães, enfim, todas vós, hábeis, exímias cozinheiras, – acabou tudo! Agora fazei costura.
E nós próprios, cozinheiros e amantes do viver, Epicuros serôdios e insensíveis. Devíamos ter era vergonha.
O país regressa dentro de momentos, num outro século qualquer.
Quem quiser associar-se, junte a sua à nossa voz.
Preparemos a passagem à clandestinidade.
Eu por mim, de resto – nisto e naquilo - também já sou clandestino há tanto tempo que nem estranho...
Etiquetas: PB
13 Comments:
Excelente post.
Eu não quero acreditar que o apocalipse que descreve aconteça; eu não quero acreditar que a Inquisição estará atrás de cada moita.
Que merda de Europa é esta que está a transformar cultura em lixo, saber em ignorância, trabalho em escravatura, artistas de sabores em traficantes, etc. etc. e etc.?
É a negação da história da Europa e da história de Portugal. Um lugar sem hitória, sem memória, não existe.
"Que merda de Europa é esta... ?"
Eis um exemplo excelente da interrogação pleonástica ou redundante. A resposta só pode ser esta: É a Europa de m****!
Ah! De modo proléptico e tendo em consideração a quadra chegante, quero deixar aqui ao Comentador Castanhinha um muito-obrigadinho-é-o-que-eu-lhe-desejo, Boas Festas e um queijo (esterilizado, claro). ;)
Umgrande bem-hajam,
zedeportugal
http://umjardimnodeserto.nireblog.com/
Obrigado pelo post.
Que nunca nos esqueçamos de onde viemos, porque no dia en que isso acontecer deixámos de ser pessoas pertencentes a um país e passámos a ser apenas um número.
Mas o que se poderá fazer contra este rolo compressor que tudo ultra pasteuriza e globaliza?
O que diz é verdade. Há quanto a mim um exagero neste querer regular, calibrar, higienizar tudo a que nada parece escapar até uma pobre maçã reineta se não tiver o diâmetro necessário vai para o lixo. Será que conseguiremos sobreviver conservando algumas das nossas caractrísticas nesta Europa tão "igualitária"?
Virá o tempo em que não posso usar a minha barba e bigode no tamanho que me apetece? Idem com o comprimento do meu cabelo? E da sua cor natural, mesmo que com as cãs que eles já apresentam? Não poderei apresentar a idade que já cá está, porque a velhice não pode ser mostrada em público? E os óculos que uso, têm que ter aros? E não poderei fumar, mesmo na intimidade da minha casa? E a galinha que tenho no meu quintal, cujos ovos não posso comer, que lhe faço? Não tenho os instrumentos adequados para a degolar, logo, não me serve para alimentação; de qualquer modo, teria que chamar o veterinário para que ele aquilatasse da saúde do bicho... E o caniche da minha mulher, vai se-lhe retirado, porque não pode conviver lá em casa? E a mosca varejeira que me entrou pela janela adentro, que lhe faço e como? E as laranjas do meu quintal, poderei comê-las? Abato a laranjeira? Mas preciso da sombra de verão que ela me proporciona! E a roupa no estendal, nas trazeiras, como vai ser? Tenho que comprar um secador?
Tenho muitas outras dúvidas, mas não me alongo, pode ser que se esqueçam delas.
Quanto à queijaria do Senhor João Serra de Alacafache, acho que os seus queijos devem poder ser comercializados desde que no rótulo apareça a fotografia da tal queijaria e as condições de funcionamento.
Ai que esterilizadinhos que vamos ficar...
Bastará um microbiozinho para nos arrasar...
E quem mata os microbiozinhos irá lucrar, lucrar...
Mas isto devo ser eu já a delirar!
Aconselho-o a que um dia faça uma visita a algumas tabernas, restaurantes e bancas de feiras para ver se gosta daquilo que lá vê...
Irá então encontrar a tradição portuguesa no seu... pior!!!
Enquanto houver falta de higiene e de consciência cívica, ainda bem que existem regras rigorosas, digam o que disserem pessoas muito respeitáveis, decerto bem intencionadas, mas que revelam um desconhecimento profundo de uma realidade dramática... e repito DRAMÁTICA... que existe neste país...
Uma realidade que eu não posso nem quero confundir com a "tradição" e que deve ser combatida... sem tréguas.
O seu texto, bem escrito e agradável, não contribui nada para essa luta.
Por isso discordo dele em absoluto.
Parece-me bem que haja controlo. Mas por que é que quem defende fervorosamente o controlo só vê 8 ou 80. Defendem então que se qualquer coisa está mal, fecha-se logo e fica logo proibido de continuar com certa actividade económica. Parece-me o mesmo que defender que quem passou um vermelho ou conduziu acima do limite de velocidade imposto uma vez deva logo deixar de ter carta de condução (e aproveita-se já visto que a realidade da sinistralidade nas estradas também é "DRAMÁTICA").
É preciso bom senso e progressividade.
Como dizia, há dias, Appio Sottomayor:
«Já reapararam como, em matéria de higiene, o país convive bem com as ruas juncadas de jornais e de caca de cão?»
E como as suiniculturas (perfeitamente identificadas ou identificáveis) despejam regularmente os dejectos para as ribeiras (esse, sim, um crime contra a saúde pública de proporções gigantescas!), sem que se conheça um único (UM ÚNICO!!) detido?
É, de facto, um problema de "nem 8 nem 80".
Ed
é obvio q ninguem em seu perfeito juizo defende a enormidade promiscua, nem a protecção de guaritas de produção diária de javardice e gastroenterite. nao sei onde se vai buscar isso neste texto, sinceramente. não tem nada a ver. Não sei se os inflamados defensores da inspecção cega são eles proprios da ASAE, yes boys do governo ou se querem apenas baralhar as coisas. O que se pretende e está bem evidente, é lutar pelo património cultural na sua componente gastronomica, nada mais. Pão alentejano em forno electrico e flores de plastico não obrigado . Grande texto mais uma vez do Pedro Barroso. 1000% de acordo.
Arrepia ler o seu texto e arrepia mais saber que tais medidas nada têm a ver com a higiene e saúde e sim com economia obrigando as pessoas a investimentos em mil e uma coisa , desde obras a frigorificos ,fogões a "loiça" e embalagens de plástico , de formações de "palha" a papelinhos e papelotes a escrever. E as absurdas multas .
Trata-se apenas de conseguir que entre as matérias primas e o produto final existam não 3 ou 4 passos , mas sim 8 , 9 ou em 10 passos de modo a que cada um desses passos represente mais uns empregos ( que nada produzem de necessário) e mais uns euros em IVA e outros impostos.
São os tais empregos prometidos pela Europa.
Aconteceu algo trágico na Europa
dos burocratas : conseguiram burocratizar as empresas. Passaram estas agora a deixar de ter como prioridade o cliente e a produção , perdendo um tempo muito importante viradas para o funcionamento da própria empresa. Tal e qual à maneira do Estado.
E penso que fica claro com o encerramento de Urgências , maternidades e centros de saúde , assim como o evidente foco deveras infecciosso que são as Urgências dos hospitais , macas por corredores de hospitais , doentes que morrem com infecções apanhadas em meio hospitalar e tantos outros casos miseráveis do Sistema de saúde que não é a saúde e higiene o problema. Ou o Estado já pode matar e ser porco?
E a criminalidade em crescendo ,sobretudo a mais violenta , parece-me que ninguém anda demasiado preocupado. E é aqui que a integridade fisica fica mesmo em risco.
E diga-me , como vão agora as burocráticas empresas europeias competir com as produtivas e desburocráticas empresas das emergentes novas economias? Por que ainda por cima a burocracia não é só perda de tempo como ainda encarece o producto.
É o que dá ser governado por quem nunca trabalhou a não ser em preenchimento de papeis. Pensam que trabalhar é isso , preencher papeis sob supervisão , regulação ,auditorias , etc , etc e tal.
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