14.5.08

O senhor das Finanças

Por Joaquim Letria
NUNCA PENSARA que um dia escreveria a dizer bem dum director-geral de contribuições e impostos. Pois a verdade é que escrevi, não só a dizer bem, como a pedir que não tirassem de lá o Dr. Paulo Macedo.
O homem era competente, sério e nunca perseguiu quem quer que fosse nem lhe subiu à cabeça o poder da sua função, na qual, até hoje, nunca ninguém rendeu tanto ao Estado como ele.
Não esperava ter de voltar à vaca fria. Mas as queixas que hoje se ouvem, as perplexidades que se contam, os abanos depreciativos de cabeças de advogados e empresários, nacionais e estrangeiros, o facto do próprio Governo ter de recomendar, por despacho, aos serviços, que cumpram escrupulosamente a lei, é a prova provada de que Paulo Macedo deveria ter continuado e que aquilo que lhe pagavam justificaria amplamente as receitas obtidas, no estrito respeito da legislação vigente.
«24 Horas» de 7 Mai 08

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1 Comments:

Blogger Jorge Oliveira said...

"Aquilo" que lhe pagavam era uma obscenidade. Se é necessário ter uma remuneração obscena para fazer um trabalho decente na função pública, estamos bem arranjados. Não há impostos que cheguem para pagar todas as obscenidades que fazem falta.

14 de maio de 2008 às 22:37  

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