Antes que acabe o dia... - Passatempo-relâmpago
QUAL A RELAÇÃO - muito especial - existente entre a data de hoje e a obra cuja capa aqui se vê?
Actualização: o passatempo foi ganho por Helena, a quem o prémio já foi enviado.
Actualização: o passatempo foi ganho por Helena, a quem o prémio já foi enviado.
Etiquetas: CMR, Passatempos
7 Comments:
O «24 de Julho» em causa é o de 1833, evidentemente.
O prémio, a atribuir ao 1.º leitor que der a resposta certa, será um exemplar do livro de Garrett.
"Em 24 de Julho de 1833 as tropas pedristas do comando de Vila Flor ocupam Lisboa..."
Abraço e bom fim de semana,
Manuel Araújo
A obra de garrett baseia-se numa anedota sobre D. Pedro que segundo consta teria açoitado em pessoa o bispo do Porto.
Garrett, era ele mesmo, um activista liberal e um defensor de D. Pedro.
A data- 24 de Julho de 1833, tal como Manuel Araujo refere, corresponde à entrada vitoriosa do exército liberal do duque da Terceira em Lisboa que despoleta uma série de eventos "gloriosos" para a causa liberal, como a chegada póstuma de D. Pedro, evacuação dos miguelistas terminando na aclamação de D. Maria II como rainha.
Manuel Araújo diz o que se passou em 24 Jul 1833.
Mas a pergunta que se coloca é mais do que isso. O que se pergunta é «qual a relação existente entre essa data e a referida obra de Garrett».
Nesse aspecto, a Resposta de Helena está certa, porque mais completa.
Mas há ainda um aspecto que eu esperava que fosse referido:
Quando, onde e em que circunstâncias é que a obra (que, por sinal, foi escrita em duas partes) foi começada a escrever?
Já agora:
A história de D. Pedro I e do Bispo do Porto é verdadeira, a crer em Fernão Lopes que a conta na «Crónica d' El Rei D. Pedro». O bispo safou-se da tareia por pouco...
O Arco de Santana foi escrito em 2 volumes, o primeiro em 1845 e o outro 1850(?), o que corresponde ao período após o golpe Costa Cabral, que ao tomar o poder, "persegue" Almeida Garrett, que tinha pertencido ao governo anterior, que era defensor da constituição de 1838 e era visto como opositor "non grato". Garrett "frena" a sua actividade política e refugia-se então na residência do Embaixador brasileiro, estadia essa que lhe trouxe imensa inspiração, se avaliarmos a sua produção literária deste período.
Volta à política em 1851, com o triunfo do movimento da regeneração.
Pronto, o passatempo foi ganho por Helena a quem se pede que escreva para sorumbatico@iol.pt indicando morada para envio.
O que eu pretendia referir era a estreita ligação entre «o 24 de Julho de 1833» (entrada em Lisboa dos liberais comandados pelo Duque da Terceira) e o facto de a obra ter começado a ser escrita durante o Cerco do Porto (1832-33). Garrett estava lá, integrado no Batalhão Académico, lutando pelos liberais. Tinha participado no desembarque do Mindelo, vindo da Ilha Terceira.
A obra só foi publicada muito mais tarde (a "nota ao leitor", da 1ª edição, está datada de 14 de Dezembro de 1844), pois Garrett teve um fundado receio de que a obra fosse mal recebida, como ele mesmo confessa e Helena refere.
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