20.7.08

A tuberculose de Chopin

Por Alice Vieira
HÁ LENDAS QUE SE COLAM à pele das pessoas e nunca mais as largam.
Desde aquelas frases famosas que a história ou a tradição guarda – e que elas nunca na vida pronunciaram -, até aos amores, às zangas, às doenças, a tradição é força difícil de quebrar.
Lembro-me de, muito jovem (quando o piano ainda fazia parte da minha vida), ter chegado a Palma de Maiorca e, pelo meio da paisagem da Cartuxa de Valdemosa, ter pensado como tudo tinha a ver com os românticos amores de Chopin e, evidentemente, com a sua tuberculose - doença que, infelizmente, me era então muito familiar e, talvez por isso, me tocasse mais.
Para além disso eu tinha feito o meu “trabalho de casa”, lido muita coisa, e recordava-me de descrições terríveis de ataques de tosse, dores no peito, hemoptises constantes que o levavam à completa exaustão — o que evidentemente condizia com o que eu, em casa, podia observar de perto.
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