28.9.08

A absolvição do banqueiro

Por J. L. Saldanha Sanches
ERA UM PEQUENO BANCO PORTUGUÊS, surgido do nada e cheio de gente vinda da política. Com especulação imobiliária, lavagem de dinheiro e traficâncias várias conseguiu singrar.
Ninguém percebia como. Os auditores fugiram horrorizados e explicaram porquê mas como não metia futebol ninguém ligou. Depois veio a crise, o banco ficou à beira do colapso, parecia que ia ter de ser salvo com os dinheiros do contribuinte, mas talvez pela sua pequena dimensão arranjou quem o comprasse.
A nova administração passou as contas a pente fino, elaborou volumosos dossiers com provas circunstanciadas dos desfalques. O Banco de Portugal e a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários enviaram para tribunal caixotes e caixotes de prova. Tarde, mas enviaram.
O país ficou à espera do resultado.
O juiz não gostou do que viu. Preferia julgar vadios por assaltos à mão armada. A prova era abundante, mas não tão simples como o assassínio na esquadra de Faro. E mesmo esse caso...
(...)
Texto integral [aqui]
«Expresso» de 20 de Setembro de 2008 - www.saldanhasanches.pt

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2 Comments:

Blogger Táxi Pluvioso said...

A moda da "corrupção" entrou na teoria económica americana para justificar a injecção de milhões de dólares em África e América Latina para matar comunistas e os fracos progressos dessas economias. O dinheiro foi-se na "corrupção" - diziam os "peritos".

Há um factor muito mais lesivo para as economias e que os "peritos" não ousam calcular os seus efeitos - a incompetência.

É um conceito muito difícil de definir pois ninguém se assume como tal. Nenhum político, nenhum escrevinhador de jornal, nenhum palrador de TV, assume ser incompetente. Todos se dizem mui espertos e com soluções para tudo.

28 de setembro de 2008 às 13:34  
Blogger R. da Cunha said...

Acho muito bem o pedido e o seu deferimento por parte do juiz. Não se pode acusar impunemente...

28 de setembro de 2008 às 18:55  

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