Nas entrelinhas de Machado
É QUASE IMPOSSÍVEL passar hoje por uma livraria brasileira sem notar o destaque dado a um escritor que muitos em Portugal apenas conhecem de nome. Não se trata de Jorge Amado nem de Graciliano Ramos. O homem que tem obras em todas as vitrines usava óculos e bigode. Era filho de uma lavadeira açoriana e de um pintor mulato, por sua vez filho de escravos. Chamava-se Machado de Assis (1839–1908) e há uma quase unanimidade da crítica em apreciá-lo como o maior escritor de sempre da grande nação sul-americana. Harold Bloom considera-o «até hoje, o supremo escritor de origem negra». Agora, que se assinala o centenário da sua morte, ocorrida a 29 de Setembro, há escaparates inteiros com os seus livros. Há exposições nas bibliotecas. Por toda a cidade do Rio de Janeiro, onde Machado nasceu, viveu e morreu, há cartazes e bonecos de pano que o representam e chamam a atenção para as suas muitas reedições, biografias e estudos.
Machado viveu momentos de grandes mudanças. Viveu o fim da escravatura no Brasil e a implantação da república. Protagonizou a transição do romantismo literário para o realismo. Nesse percurso, criticou o romance Primo Basílio, de Eça de Queirós, vindo-se depois a arrepender de outras críticas ao escritor português. Na realidade, Machado foi homem de poucas polémicas, preferindo intervir pela subtileza da sua criação literária — onde há muito a ler, nas linhas e nas entrelinhas.
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Texto integral [aqui]
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6 Comments:
Será que ninguém leu o que está escrito no «Passatempo-relâmpago» afixado esta manhã?!
Quero eu o livro!
Quero eu o livro.
Quero eu o livro.
Oops! Cheguei tarde!
Pronto, estava a ver que tinha de ficar com o livro!
Pede-se, então, a Miriamdomar que, nas próximas 48h, escreva para sorumbatico@iol.pt indicando morada para envio.
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