12.11.08

Capricho e soberba

Por Baptista-Bastos
CENTO E VINTE MIL professores na rua não emocionaram o Governo. A ministra e Sócrates afirmaram-se renitentes nas decisões tomadas: é assim que dissemos, é assim que fazemos.
Capricho, desdém e alarde não constituem excepção neste Executivo, o qual, sem ser, notoriamente, socialista, também não é carne nem peixe nem arenque vermelho. Mas 120 mil pessoas indignadas não são a demonstração de uma birra absurda nem a representação inútil de uma frivolidade.
A cega teimosia de Sócrates pode, talvez, explicar que não está à altura do seu malogro, mas sim do seu umbigo. Porque de malogro e de narcisismo se trata. A qualidade de um Governo afere-se pelo grau de comunicabilidade que estabelece com os outros, e pelo sentido ascensional que possui do tempo e do espaço para elevar a vida colectiva. Sócrates esqueceu-se, ou ignora, que o homem é ele e a sua circunstância, como ensinou Ortega. E que num político a circunstância é criada por ele próprio, sem negligenciar os outros.
(...)
Texto integral [aqui]

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3 Comments:

Blogger Ana said...

Realmente é muito triste ver um executivo que não é capaz de ser humilde e dar o braço a torcer numa situação mais que óbvia...

12 de novembro de 2008 às 10:11  
Blogger Gotinha said...

Excelente artigo de opinião.

12 de novembro de 2008 às 14:36  
Blogger ferreira said...

Bom artigo.
Se escreveres muitos destes ainda ficas sem a casinha.

13 de novembro de 2008 às 22:13  

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