17.11.08

Confiança

Por Joaquim Letria
A CRISE já nos fez bastante mal mas ainda não nos fez o pior. Pelo menos é isso que vaticinam os especialistas a sério, estrangeiros e independentes, em assuntos financeiros. Até 2012 não esperam melhoras significativas. Só paliativos.
A palavra-chave, o amuleto da crise, o “abre-te sésamo” da cova dos ladrões é “confiança”. E essa é a palavra que os governos utilizam, mesmo quando têm de aumentar os “plafonds” das garantias aos bancos ou necessitam de comprar “activos financeiros não tóxicos”.
Não se trata de sanear nem de resgatar as contas da banca, mas dar a ilusão aos cidadãos de que podem recuperar a confiança. Crise é quando o pai não morre nem a gente almoça. Estamos nessa.
A velha ordem morreu depressa de mais, com a queda do muro de Berlim e das Torres gémeas. Em vez do almoço estar pronto, a mesa vazia lança o grito de “salve-se quem puder”. Os cangalheiros vão reflectir.
«24 Horas» de 17 de Novembro de 2008

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1 Comments:

Blogger Oscar Maximo said...

Até 2012 esperem um crise financeira. Depois de 2012 esperem uma crise de energia, de forma mais abrupta que esta. Aliás, se alguma vez fosse declarado o fim da crise, o preço da energia disparava. Tambem neste ramo há previsões optimistas para subir o preço das acções. Os bons velhos tempos já passaram, o que temos à frente é a globalização da pobreza.

17 de novembro de 2008 às 18:26  

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