O chuto-na-canela nacional anda «muitíssimo agitadíssimo»
Por Antunes Ferreira
É A MINHA SINA: adoro o futebol. Aliás gosto (mais ou menos, óbvio) de tudo o que é desporto. Pratiquei, «a sério», rugby e natação. Mas vou a quase todas, desde o atletismo ao snooker. Até já percebo de curling… As vassourinhas entusiasmam-me. Medianamente, é certo, não atingem o grau de deslumbramento com uma boa placagem ou uma melée. Ainda digo assim, tal como aprendi e pratiquei. Hoje, já nem na bancada: no sofá é que é bom.
De resto, é a sina da esmagadora maioria dos Portugueses: adorar o futebol, o que normalmente corresponde a discutir o dito cujo. E aí, é sabido e re-sabido, em cada um de nós há um técnico, em cada um do nós há um crítico, em cada um de nós há um seleccionador. Nisso, somos realmente, especialistas. Natural e normalmente o seríamos – para além da política, o futebol é o outro alvo preferencial do bota-abaixo.
Esta semana, tem sido um fartote. Desde as declarações de Paulo Bento a propósito da desgraçada actuação do árbitro Bruno Paixão, faz hoje oito dias, em Alvalade, até aos novos contemplados na convocatória de Carlos Queirós para o encontro com o Brasil, um ror de confusões, imbróglios, acusações e destemperos, não faltou nada. De resto, como habitualmente. Ninguém nos bate, em tais «modalidades».
(...)
Texto integral [aqui]
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11 Comments:
Bom, se futebol não dá, há fado e Fátima. A identidade lusa nunca está em causa.
António Oliveira, mentirosos militante e falcatrueiro praticante.
Lembra-me o presidente de um clube da 2ª divisão nacional,que nos anos 50 do sec.XX, foi ao balneário falar sobre a importância do jogo que a equipa tinha de ganhar, para evitar a despromoção e incentivar os jogadores, com o prémio individual de um conto e quinhentos (que naquela altura era muito dinheiro) mas resumindo, seja pelo incentivo ou por falta de aplicação do adversário, a equipa acabou o jogo com uma vitória.
O presidente foi de novo ao balneario e disse:
Rapazes! vocês são uns herois e o prémio prometido não vai ser de um conto e quinhentos mas sim três contos, mas... como não temos dinheiro, ficamos a dever.
Um abraço
Mafiosos para a cadeia, já!
Antónios Oliveiras & capangas não fazem falta aqui e a ninguém.
A minha solidariedade com os jogadores e o ex-treinador
São sempre os mais fracos que pagam. Neste caso, que não recebem. Isto é indigno. No futebol e no resto das ocupações laborais. Concordo com a prisão. Para todos os «patrões» falsos e irresponsáveis, perpétua!
Antunes Ferreira
Nunca lhe doam as mãos! Isto é uma vergonha nacional. Só posso acrescentar que o sr. A. Oliveira já devia estar a ver o sol aos quadradinhos. E continuo a gostar muito do que escreve e do seu excelente estilo.
A rábula que Pagamico conta tem muita piada.
Deve ter sido inspirada numa que apareceu, há muitos anos, num livro de Lewis Carroll que vou ver se encontro (não é nenhum dos da "Alice")
De futebol sei o trivial. Até me dou ao luxo de ser dos Belenenses, sem motivo aparente.
Mas de sacanices como esta já sei umas coisas. Neste cantinho à beira-mar plantado sobre filhas de putices aprende-se todos os dias.
Sou uma "zera" no chuto-na-canela, como diz o Antunes Ferreira.
Mas sou uma "fera" quanto a salários em atraso, sejam quais forem os empregos em que essa vergonha acontece. O "eng." Socrates e os seus capangas deviam impedir isso e punir definitivamente os prevaricadores. Mas que merda de país é este?!?!?!
É realmente curioso ser só após o jogo com o Benfica.
Futebolisses.
Um grande abraço
Já à muito tempo que não vinha cá. Mas, eu gosto de futebol e por isso aqui estou a apoiar os jogadores da Amadora que não recebem dinheiro à muitos meses. E a felicitar o Sr. Dr. Antunes Ferreira por escrever sobre isto.
Isto não está bem, está mesmo muito mau. Futbolistas e professores juntos são uma desgraça.
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