VÍTOR CONSTÂNCIO, questionado no Parlamento por causa do escândalo do BPN, afirmou, por várias vezes, estar "de consciência tranquila", uma daquelas frases chapa-três que ouvimos sempre que alguém é apertado - a par da "auditoria que arrasa o auditado" e do "acusado que desvaloriza a acusação". No entanto, e tendo em conta aquilo que lhe é apontado, calha bem aqui uma velha anedota (*):
- Senhor professor, posso ser castigado por uma coisa que não fiz?
- Claro que não, meu filho. Podes estar tranquilo!
- Ainda bem. É que eu não fiz... os trabalhos de casa...
- Claro que não, meu filho. Podes estar tranquilo!
- Ainda bem. É que eu não fiz... os trabalhos de casa...
(*) Adapt. de Humor Antigo - Ano 1940-45
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5 Comments:
Qualquer castigo seria uma violência sobre um ser honesto e indefeso!
O país chegou a tal ponto que nem o riso resolve o que quer que seja. É certo que Eça de Queirós preconizava o riso como via para derrubar as instituições porque as punha a ridículo. Mas hoje, já nada disto funciona, porque já ninguém sabe o que é o ridículo. Penso mesmo que, se sabem o que isso é, sentem orgulho. E para completar o ramalhete, os portugueses gostam de gente sem vergonha na cara. Não é preciso dar exemplos.
Como é que se pode resolver isto?
Vitor Constâncio junta-se a, pelo menos, dois outros que obstinadamente não queriam, ou não querem, deixar o lugarzinho.
Estou a lembrar-me de um antigo dirigente da Sociedade Portuguesa de Autores e do actual presidente do Comité Olímpico Nacional. Mas deve haver mais.
Sugeria ao Medina que abrisse aos leitores um espaço intitulado "Agarradinhos ao tacho", com ou sem prémio, onde os leitores pudessem recordar os casos que conhecem.
E, de caminho, ridicularizar esta gente, já que, tanto quanto parece, outra coisa não podemos fazer.
São um nunca-acabar:
Alberto João Jardim, Pinto da Costa, Bettencourt Picanço, Gilberto Madaíl... Só para referir os mais conhecidos.
Não se esqueça dos autarcas jurássicos.
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