Língua de cão?
ACONTECE, por vezes, que ainda antes de termos a certeza se um texto está bem ou mal escrito, temos a impressão - especialmente se o lermos em voz alta - de que há ali alguma coisa que não soa bem...
Neste caso, não é uma coisa, mas sim duas: soa-me mal o «Proibido (...) a entrada» e o «(...) animais excepto cão-guia».
Mas também pode ser do meu ouvido, que não anda lá muito bom. O que acham?
Etiquetas: CMR
10 Comments:
Acho que tem toda a razão, caro Carlos Medina Ribeiro. Mas está cada vez mais difícil encontrar coisas escritas em português correcto. E não é de hoje. Já em princípios dos anos 90 escrevi uma carta a uma administração pedindo que ao menos escrevessem em português correcto. Suponho que seja das reformas na educação, mas não tenho a certeza.
Sobre o português utilizado nem comento.
Só espero que o cão-guia saiba ler. se não, olha para o boneco e não entra...
Ia comentar, mas vi que o Luís Bonito já se tinha antecipado com a leitura do aviso por parte do cão-guia...
Se calhar na zona só há um cão-guia, por isso só é permitida a entrada a esse, todos os outros ficam junto dos outros animais.
Só pedia que quem faz este tipo de avisos ou cartazes tivesse alguém minimamente entendido na língua materna.
Há algum tempo questionei um jornal de circulação nacional sobre ima quantidade de erros mum anúncio. Obtive resposta: a responsabilidade era da agência promotora dos anúncio, o que até aceito. Mas a agência, essa...
Cães-guia a saber ler? Meu caro, eles já não ensinam as pessoas, vão agora ensinar os cães...
Caro Luís Serpa,
O seu comentário fez-me rir um bocado. hehehe.
Como vai esta sociedade, o melhor era tirarem estes avisos xonófobos, pois, acredito que há por aí "gente" que são ainda mais cães e cadelas, do que os fieis amigos de 4 patas.
Cumprimentos
Não devia haver algum instituto que tivesse que zelar pelo bom português? Nos cartazes, nas embalagens dos produtos que compramos (especialmente nas "lojas chinesas" ou noutras importações) e noutros escritos que me possam escapar neste momento.
Nem que fosse para salvaguardar o consumidor ou cliente, já que com mau português se pode indicar mal os conteúdos, "enganando" (sem querer ou até de propósito) quem se serve dele.
Outra razão para isso seria a coesão cultural da nossa gente em torno da língua que nos une.
Se bem me lembro, existiam uns senhores chamados revisores, que nos jornais e demais orgãos de comunicação e/ou edição, zelavam pela correcção e clareza dos textos que eram escritos ou lidos, mas creio que, ou a espécie se extinguiu, ou, por força do abastardamento do ensino, também precisam de que alguém revise o seu trabalho.
Hoje em dia, por vezes, entretenho-me a ler os rodapés dos telejornais e é com imensa tristeza - às vezes misturada com uma sonora gargalhada - as asneiras e disparates que vão saindo.
Alguns serão fruto da pressa em escrever e são desculpáveis, mas outros bradam aos céus pelo desconhecimento que se vislumbra por detrás deles, ou mesmo pela total ignorância da língua pátria.
Português não é língua. É vento nas cordas vocais. Mude-se para o inglês que é língua do salvador: o imperador santo!!!
Enviar um comentário
<< Home