Férias da Pátria
Por Maria Filomena Mónica
NO PAÍS que me coube em sorte, os velhos são tristes, mas não me importo porque pertencem à minha Pátria; os serviços públicos funcionam mal, mas não me importo porque pertencem à minha Pátria; as escolas estão degradadas, mas não me importo porque pertencem à minha Pátria; os transportes são maus, mas não me importo porque pertencem à minha Pátria; as ruas têm buracos, mas não me importo porque pertencem à minha Pátria; (...)
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2 Comments:
Que rica Pátria,uma Pátria feliz.
Primeiro, fizeram-nos embarcar para defender o Império,a Civilização, contra tudo e contra todos.
Ficaram por lá dez mil. Até porque as famílias dos mortos em combate, tinham de pedir o regresso dos falecidos, nos termos da lei e suportando dez mil escudos de despesas!
Bastantes, foram ver se encontravam uma pátria em França ou na Alemanha.
Depois, disseram ir construir uma Democracia, um País livre, uma Pátria feliz.
Parece agora, à semelhança do que aconteceu com o empréstimo de 1893 em Londres, falhado, e com o acabado de suceder com a Caixa, estarmos a ficar sem crédito internacional.
Mas parece ser esta a Pátria que nos calhou na rifa. Isto é um pouco como o que acontece com os pais. Não escolhemos.
A não ser que se tenha emigrado.
Ou bem colocado no Partido.
BM
Ai as liberdades poéticas! Personificar um "país".
Que se saida eles não exitem, existem apenas pessoas e os lusos são tolos. Sairam do reino da estupidez para cair no reino da tolice. Se calhar já eram e Salazar não exteriorizou essa característica do seu eterno povo.
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