27.1.09

Públicos

Por Joaquim Letria
DIZEM QUE VÃO TRAZER novos públicos para o Teatro Nacional D. Maria II. Tudo bem, desde que levem também público antigo e não transformem aquele nosso teatro num botequim com música ao vivo nem num estúdio de concursos duvidosos para a TV.
Não falo, naturalmente, da saudade do teatro de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, mas das recordações presentes, das direcções de Ricardo Pais, Carlos Avilez e até de algumas produções deste último senhor que escorraçaram agora de lá.
Ficaram-me na memória recente “The Water Engine”, do David Mamet, numa encenação prodigiosa da Maria Emília Correia; o João Lagarto no “Começar a Acabar” de Beckett; “A Mais Velha Profissão do Mundo”, de Paula Vogel, com as minhas queridas Lia Gama e Lurdes Norberto, entre outras meninas do meu tempo, tudo gente a quem a Olga Roriz não precisa de ensinar a fechar as pernas em cima dum palco e que não prejudicam a sua carreira se acatarem a recomendação e o fizerem com elegância.
«24 Horas» de 27 de Janeiro de 2009

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1 Comments:

Blogger Carlos Antunes said...

A escolha do novo director é a escolha para tempo de crise.
Como trabalhava com pouco dinheiro e tinha sucesso, dá-se-lhe mais responsabilidades com igual soma apertada e ele que faça omoletes sem ovos.
Espero que dê resultado, mas o mais provável é termos de esperar que passe a crise para que o Maria Matos seja aquele que conhecemos.

27 de janeiro de 2009 às 18:21  

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