13.1.09

A solitária injustiça

Por Joaquim Letria
UM TIPO QUE, DE PERUCA e óculos escuros, assalta 37 bancos merece ser admirado. Claro que condeno El Solitário pela morte dos dois polícias espanhóis, a serem verdadeiros esses lamentáveis actos, mas há que a tudo se descontar polícias e juízes a apresentarem serviço.
El Solitário, em Portugal, não assaltou nenhum banco. A Polícia agarrava-o mesmo que estivesse a ajudar uma velhinha a atravessar a rua, depois dos colegas espanhóis lhe terem soprado a dica. Os juízes deram-lhe a pena que deram para mostrarem que não brincam em serviço, na Espanha do triste caso Marilu e do Baltazar Garzon.
Em Portugal, El Solitário não assaltou nada. Entrou armado e protegido num banco. Tinha armas sem licença do respectivo porte e o colete à prova de balas talvez fosse um exagero.
El Solitário, no nosso País, apenas pode ser acusado de ir a um banco vestido e equipado a preceito. Como accionistas e clientes do BCP, BPN e BPP vieram a descobrir, tarde e a más horas.
«24 Horas» de 13 de Janeiro de 2009

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1 Comments:

Blogger R. da Cunha said...

Esperemos que os verdadeiros "assaltantes" tenham penas não inferiores ao El Solitário. Se assim não for, não sei o que diga. "Importe-se" o juiz Garzon que talvez dê conta do recado.

13 de janeiro de 2009 às 21:04  

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