A tuberculose continua a matar
Por Antunes Ferreira
EM 2006, A TUBERCULOSE matou 4.500 pessoas por dia. Foi considerada uma ameaça mundial. Ou seja, um milhão e quinhentas mil vidas humanas ceifadas só nesse ano. Os números são assustadores. Quando se pensava que 2010 seria o canto de finados para a doença, ela voltou a atacar. Em 1993, face ao recrudescimento acentuado, a OMS lançou um brado de alerta. Mas, desde então para cá, as coisas não têm melhorado. O famigerado bacilo de Koch não estava a caminho da derrota, bem pelo contrário. O Nobel da Medicina atribuído em 1905 a Robert Koch fora inteiramente justificado. Mas insuficiente para travar a criminosa acção da bactéria.
Texto integral [aqui]Etiquetas: AF
4 Comments:
Comentário enviado por e-mail por Rui Gustavo Crespo:
___________
Em 2001 passei 6 meses de sabatica na U of Ottawa/Canada. Para obter o visto, fui obrigado a fazer um conjunto de exames medicos (por exemplo no sangue para detectar HIV e hapatite) e em locais designados numa lista
enviada pela Embaixada canadiana na Franca.
Um dos exames que fiz foi a micro num consultorio da A Herculano.
Nota: sendo diabetico insulino-dependente, tive de incluir um relatorio do medico endocrinologista e oftamologico.
Porque nao e' feito o mesmo a quem venha de paises onde a cobertura
sanitaria e', no minimo, deploravel (senao mesmo inexistente) como Africa, Brasil e leste europeu?
Já há tempo que não vinha cá.
Cheguei hoje do fim de semana e encontrei este texto como sempr óptimo do Antunes Ferreira.
O meu avô materno morreu há quatro meses e meio de tuberculose. Bem haja Antunes Ferreira por levantar esta questão que parece esquecida por muita gente, incluindo o Poder.
Beijinho
Talvez não se exija os mesmos relatórios de análises a quem venha de locais sanitariamente deploráveis por não se confiar na honestidade desses resultados. Mas no Canadá deviam confiar um pouco na proveniência da Europa. 6 meses não é assim tanto tempo para se estar a pedir tanta papelada clínica.
No meio do texto reparei numa frase com gralha: "esforços a nível mundial na investigação e desenvolvimento do flagelo". Então queremos desenvolver o flagelo?
Muito agradecido aos três comentadores, cujas opiniões são sempre bem vindas.
No que toca ao Sepúlveda tem toda a razão:
o que queria escrever era:
«... na investigação DO desenvolvimento do flagelo». E até acrescento:
«... na investigação DOS MOTIVOS DO desenvolvimento do flagelo».
Leitores cuidadosos - aprecio muitíssimo. E quando é caso disso, como agora, dou a mão à palmatória e corrijo.
Nunca me esqueço, também, duma velha afirmação de tipógrafos: um texto sem gralhas é como um jardim sem flores... Honny soit...
Enviar um comentário
<< Home