12.4.09

“Quanto mais radioactiva, melhor”

Por A. M. Galopim de Carvalho
JÁ LÁ VAI o tão afamado tempo das termas e das águas medicinais, um privilégio de uns tantos, nascido em finais do século XIX. Preteridas progressivamente pela imensa, poderosa e democratizada oferta turística associada ao litoral e, sobretudo, às praias, as que ainda existem são relíquias da arquitectura e exploração hoteleiras do primeiro quartel do século XX. A par do seu uso, nos próprios locais, com instalações adequadas, algumas dessas águas passaram a ser comercializadas engarrafadas. Captadas, entre outras, ao longo de uma importante falha geológica, a mesma rotura da crosta terrestre que determinou a extensa depressão que se estende, para norte da Régua, até Verin (Ourense), já em Espanha, passando pela bela e fértil veiga de Chaves. Estas águas, ao circularem no granito, recebem dele, por contaminação, uma certa dose de radioactividade a níveis que, parece estar provado, não têm efeitos indesejáveis sobre a saúde de quem a bebe. (...)
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