7.8.09

Cheira mal!

Por Joaquim Letria

A GENTE PREOCUPA-SE mais ou menos com este ou aquele banco consoante a sua situação possa afectar mais pessoas das nossas relações, amigos ou familiares. Ou, então, porque alguém está a exagerar e gostaríamos de dizer que, ou toma juízo, ou vai haver bronca da grossa, para não usar linguagem mais expressiva do que esta.

Quando leio coisas sobre o BPN, ouço falar no Dr. Loureiro, ou vejo a cabeleira colorida e fugaz do Dr. Constâncio, vem-me sempre à memória a resposta que a SLN (Sociedade Lusa de Negócios) deu à Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição - de Santa Maria (Fátima) - levada a ser o terceiro cliente que mais dinheiro aplicou em acções desta empresa accionista do BPN, ali enterrando o dinheiro que a Congregação conseguira reunir proveniente da venda de património do qual, em maldita hora, foi aconselhada a desfazer-se.

Responderem agora às Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, quando estas perguntam, no dia certo, pelo seu milhão de euros, com uma carta promissória de pagamento de juros e 10% do capital vencido, cheira francamente mal.

Juro que não conheço uma única freira desta congregação, mas pergunto eu: o BPN foi nacionalizado e é administrado pelo Estado, para quê?

«24 horas» de 7 de Agosto de 2009

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