7.8.09

Dito & Feito

Por José António Lima

HÁ PRECISAMENTE UM ANO, José Sócrates e o PS, cheios de si próprios e do poder da sua maioria, decidiram sujeitar o Presidente da República a uma insensata prova de força, a pretexto do Estatuto dos Açores. Insensata, politicamente infantil e infundamentada (como vários constitucionalistas então alertaram), gratuita e irresponsável no que respeitava à falta de sentido de Estado demonstrada.
(...)
O socialista açoriano Carlos César, com o ego insuflado pelo seu pequeno poder regional, surgiu a proclamar que «não recebe lições» de ninguém, de «nenhum juiz ou titular de órgão de soberania». Os socialistas não recebem lições? Deve ser por isso que não aprendem nada. (...)

Quem também parece não perceber os ventos de mudança é Manuela Ferreira Leite. Ao excluir das listas do PSD nomes como Passos Coelho ou Miguel Relvas deu um sinal público de autoridade. Mas também de fraqueza e pequenez política. E, sobretudo, de incapacidade de unir vontades, de congregar esforços, de abrir o partido a uma maior pluralidade de vozes e opiniões.

Ferreira Leite preferiu o autoritarismo da exclusão sectária à tolerância da inclusão abrangente. Quem afasta Passos Coelho para impor nas listas do PSD figuras a contas com a Justiça, como António Preto ou Helena Lopes da Costa, aliena a sua legitimidade política, não tem ética a que se agarrar. Além de oferecer a José Sócrates e ao PS a melhor notícia desta pré-campanha eleitoral.

Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Blogger Carlos Esperança said...

O PR não devia ter poupado o país às reprimendas que deu ao Parlamento cuja legitimidade é igual à sua?

Se tivesse mandado o diploma para o TC, como devia, escusava de ter revelado a sua débil cultura democrática e o desejo de confronto institucional.

Em tempo: No meu ponto de vista, Cavaco tinha razão, mas perdeu-a pela forma como se comportou.

O TC veio fazer a jurisprudência que se impunha.

7 de agosto de 2009 às 18:32  

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